28 set, 2016 - 08:59
A Bulgária mudou a sua candidata ao cargo de secretário-geral da ONU, substituindo Irina Bokova por Kristalina Georgieva, anunciou o primeiro-ministro do país.
Kristalina Georgieva, candidata apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, é considerada a mais difícil adversária do ex-primeiro-ministro português António Guterres na corrida à liderança das Nações Unidas.
Como referiu o correspondente da Renascença em Nova Iorque, não há nada nas normas das Nações Unidas que impeça uma nova candidatura, mas é um facto inédito.
Ao contrário dos restantes candidatos, que “se submeteram a entrevistas e debates públicos perante a Assembleia Geral da ONU, permitindo a todos os países formular juízos sobre cada um deles”, uma nova candidatura vai começar “em posição de vantagem formal e em desvantagem política”, refere José Alberto Lemos.
Será difícil, por isso, no seu entender, que o nome da candidata recolha a simpatia dos Estados-membros do Conselho de Segurança. A não ser que o critério do género venha agora a prevalecer sobre o do mérito.
O ex-primeiro-ministro português é um dos nove candidatos à corrida para o próximo secretário-geral da ONU. Já venceu cinco votações secretas para o cargo.
A próxima votação, que está agendada para a primeira semana de Outubro, vai destacar pela primeira vez os votos dos membros permanentes do conselho, que têm poder de veto sobre os candidatos.
Assim que um candidato reunir nove votos entre os 15 países membros e aprovação de todos os membros permanentes - China, França, Reino Unido, Rússia e Estados Unidos - o conselho recomendará o seu nome para aprovação pela Assembleia-Geral da ONU, que reúne representantes de 193 países.
A organização espera ter encontrado o sucessor de Ban Ki-moon, que termina o seu segundo mandato no final do ano, durante o Outono.