28 set, 2016 - 14:46 • Reuters
A investigação sobre a queda de um avião da Malaysia Airlines, no Verão de 2014, concluiu que a aeronave foi abatida por um míssil de fabrico russo disparado de um território do Leste da Ucrânia dominado por rebeldes pró-Moscovo, disseram familiares das vítimas esta quarta-feira.
As famílias foram informadas das descobertas dos investigadores pouco antes de uma conferência de imprensa marcada para Nieuwegein, na Holanda, para falar do resultado da investigação.
Segundo a investigação, um míssil terra-ar atingiu o voo 17 da Malaysia Airlines, que partiu de Amesterdão (Holanda) rumo a Kuala Lumpur (Malásia), no dia 17 de Julho de 2014, matando as 298 pessoas que seguiam a bordo, a maioria cidadãos holandeses.
Robby Oehlers, primo da vítima Daisy Oehlers, de 20 anos, disse que os investigadores também identificaram 100 possíveis suspeitos da queda do avião.
Os familiares também foram informados que o sistema de mísseis BUK usado para abater a aeronave tinha sido transportado da Rússia para Ucrânia e que foi enviado de volta logo em seguida.
Antes desta declaração das famílias, o Kremlin disse que dados de radar mostraram que o avião não foi derrubado por um míssil disparado de um território comandado por separatistas pró-Rússia no leste ucraniano.
“Os dados são claros: não há foguete. Se havia um foguete, só poderia ter sido disparado de outro local", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em Moscou.
À época do incidente, separatistas pró-Rússia combatiam forças do governo da Ucrânia na região. O Boeing 777 despedaçou-se em pleno ar, lançando destroços ao longo de vários quilómetros de campos em território rebelde.