02 out, 2016 - 19:05
O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, pediu desculpa à comunidade judia pelo seu comentário em que se comparou a Adolf Hitler e pôs o holocausto como modelo para a sua campanha contra o narcotráfico.
Duterte afirmou na sexta-feira que "gostava de massacrar" os três milhões de toxicodependentes que existem no país, à semelhança do que o líder nazi fez com milhares de judeus para "salvar a próxima geração da perdição".
"Jamais tive a intenção de denegrir a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos alemães", disse o Presidente das Filipinas na inauguração de um festival em Nogros Ocidental, no centro do arquipélago.
"Peço desculpas de forma séria e profunda à comunidade judia", disse ainda Duterte em declarações à televisão GMA, citadas pela agência EFE.
Duterte considera que a campanha que iniciou em Junho para acabar com o tráfico de drogas no país é necessária.
Segundo números oficiais, o tráfico de droga já fez mais de 3.500 mortos no país.
Este é o segundo incidente diplomático grave envolvendo o Presidente das Filipinas. Há umas semanas, Barack Obama foi ofendido por Duterte e cancelou encontro.