04 out, 2016 - 06:27
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Há, neste momento, 21 milhões de refugiados no mundo. Entre todos os países, apenas 10, entre os quais Portugal, acolhem mais de metade destas pessoas que fogem à guerra. É umas das principais conclusões do último relatório da Amnistia Internacional.
“Chegámos à conclusão de que há 10 países que estão a acolher mais de 50% de todos os 21 milhões de refugiados que há no mundo neste momento. Estes países são os que estão junto às fronteiras donde acontecem os conflitos e os países mais ricos não estão a corresponder, nem de perto, a essa necessidade”, afirma à Renascença o director executivo da Amnistia Internacional em Portugal, Pedro Neto.
O documento divulgado na última noite aponta ainda para o agravamento desta crise, devido ao egoísmo e à falta de liderança dos países mais ricos do mundo.
“Isto não é uma crise de refugiados, é sim uma crise de liderança. Se os países mais ricos acolhessem também mais refugiados poderíamos dissolver este problema e resolvê-lo rapidamente”, defende Pedro Neto, em declarações à Renascença.
Quanto a Portugal, o director executivo da Amnistia Internacional diz que são “os refugiados que vêm do Norte de África e os que vêm do conflito da Síria”. E são estes, da Síria, “os que mais necessitam da nossa ajuda, nomeadamente, os que já estão na Grécia”.
O objectivo é que “sejam acolhidos na Europa para que não tenham de ser sujeitos ao regresso aos países de origem" ou "encaminhados, através de acordos duvidosos para países terceiros que não são seguros – e sabemos que a Turquia não é um país terceiro seguro para acolher refugiados”.