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Governante compara falta de solidariedade da UE com refugiados com austeridade em Portugal

10 nov, 2016 - 23:28

Margarida Marques falou durante o 4.º Fórum Portugal-Alemanha, que decorreu esta quinta-feira em Berlim.

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A secretária de Estado dos Assuntos Europeus diz que o sentimento de falta de solidariedade da União Europeia para com os refugiados é comparável à sensação que alguns portugueses experienciaram durante a austeridade no país.

"Eu acho que o sentimento que alguns europeus sentiram em determinado momento relativamente aos refugiados, de falta de solidariedade entre os países da UE, foi o sentimento que os portugueses sentiram em 2011, com a falta de solidariedade em matéria de política económica e social quando Portugal assinou o memorando de entendimento com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional", disse Margarida Marques durante o 4.º Fórum Portugal-Alemanha, que decorreu esta quinta-feira em Berlim.

Margarida Marques disse que "o que estava em causa nessa altura para os portugueses era a falta de solidariedade europeia", acrescentando que "o que está em causa hoje é a falta de solidariedade europeia para um outro domínio, que é a política dos refugiados".

A secretária de Estado lamentou que a Europa tenha dado "um mau exemplo relativamente à política de refugiados", já que a solidariedade é um dos valores-chave da UE.

"A situação dos refugiados na Grécia é um problema europeu e não um problema grego e é um momento em que a Europa tem de encontrar uma solução na base da solidariedade dos países", disse durante um painel de discussão sobre a Europa e os seus desafios.

Margarida Marques espera que o Secretário-geral designado das Nações Unidas (ONU), António Guterres, venha a ser um "aliado na resolução do problema dos refugiados no mundo e, consequentemente, também na Europa".

O 4.º Fórum Portugal-Alemanha é uma iniciativa da sociedade civil organizada pelo Instituto Português de Relações Internacionais, pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Institut für Europäische Politik de Berlim.

O encontro pretende promover um diálogo aberto entre os dois países, com enfoque para a criação de emprego, para a segurança interna e externa, para as relações Europa-África e para os desafios que a União Europeia enfrenta.

Comentários
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  • Mário Guimarães
    11 nov, 2016 Lisboa 13:24
    O que é que esta tarada está a dizer ?Sou refugiado no meu próprio País vítima de corrupção nos Açores e a primeira vez foi quando saí de Angola devido a Americanos,Soviéticos ,Franceses e outros terem pago terroristas contra nós para se apoderarem das riquezas do petróleo ,diamantes e outras. Montaram governos fantoches que dizem ser democráticos . Não cumprem com os cidadãos nacionais e querem mandar vir refugiados para aqui que os outros causaram ?
  • António Costa
    11 nov, 2016 Cacém 07:39
    A solidariedade é uma via de dois sentidos. E refugiado é qualquer um que foge e se refugia, respeitando e a gradecendo a ajuda que recebe do país de acolhimento. Pessoas que se acham no direito de impor as suas ideias religiosas através da violência e da guerra não são, nem merecem o titulo de "refugiados". O rótulo de tolerância religiosa refere-se a "Deus" e não a "César". Existe sim "falta de solidariedade da União Europeia para com os refugiados" que querem impor Leis do Dia-a-Dia neonazis porque a nossa Constituição proíbe organizações Nazis assim como creio, que a constituição alemã faz o mesmo. Os povos europeus passaram por sofrimentos e guerras terríveis para que as Leis do Dia-a-Dia fossem consequência da escolha dos seus cidadãos em processos Democráticos.
  • Filipe Cunha
    11 nov, 2016 Ovar 00:23
    Agora quando o Putin invadir os países Bálticos venham cá pedir ajuda a Portugal. Por mim os nossos F16 nunca tinham ido patrulhar os ceús dos países Bálticos.

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