Europa quer cooperar com Trump e define as suas prioridades

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A Europa está unida e quer continuar a cooperar com os Estados Unidos – mais concretamente, com a nova administração liderada por Donald Trump. A garantia é dada pela Alta Representante da União Europeia para a Política Externa

No final de um jantar entre os representantes da diplomacia dos 28 Estados-membro, no domingo, Federica Mogherini apontou aos jornalistas as áreas em que a Europa pretende continuar a trabalhar com os Estados Unidos.

“Para nós, é extremamente importante trabalhar na implementação do acordo das alterações climáticas. Mas também no acordo de não proliferação e de protecção do acordo nuclear do Irão. Mas também no comércio e em todas as crises à nossa volta, nas quais trabalhámos muito bem, nos últimos oito anos, em conjunto com os Estados Unidos”, afirmou.

Federica Mogherini mostrou-se expectante face à política que a nova administração norte-americana irá prosseguir: “Temos muito bem presente quais são as nossas posições, tanto em termos de interesses como dos princípios da União Europeia. Entre esses interesses está, sem dúvida, a necessidade de trabalharmos com os americanos. Mas, uma vez mais, são eles que têm de definir a sua agenda de política externa”.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 juntaram-se num encontro informal para trocar ideias sobre as relações futuras com os Estados Unidos – uma reunião que demonstra um certo nervosismo e muita expectativa em relação ao que o presidente eleito, Donald Trump, pretende fazer no campo da política externa.

Esta semana, reúnem-se os ministros da Defesa da União Europeia e o tema da das relações entre a União Europeia e a NATO será um dos pontos em debate.

Na primeira entrevista que deu depois de ser eleito, Donald Trump garantiu que iria cumprir as promessas feitas em campanha, nomeadamente em termos de política nacional.

Uma delas é a construção de um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México – muro que o candidato Trump assegurou que iria ser pago pelo país vizinho, mas que o Governo do México já veio garantir que não iria financiar.