14 nov, 2016 - 11:31
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“Terapia no metro”, na estação de Manhattan, é uma ideia do artista Mathew Chavez, também conhecido por Levee. Há mensagens de amor e apoio, de medo e revolta… e também de esperança. Qualquer pessoa pode acrescentar um "post-it".
Ao jornal “The New York Times”, o artista disse ter sentido que os nova-iorquinos precisavam de um sítio para dar azo às suas emoções depois da surpreendente derrota de Hillary Clinton, a candidata democrata.
Mais de 80% dos eleitores não votaram em Trump, o candidato apoiado pelos republicanos.
Chavez contou que chegou ao túnel na passada quarta-feira com um monte de blocos, algumas canetas e uma mente aberta. “Manifeste-se”, escreveu numa folha que colocou na parede. No final do dia, centenas de pessoas tinham respondido à mensagem.
Desde essa altura, a parede tornou-se num marco de debate público – "um tributo à diversidade de vozes", escreve o jornal.
“É uma catarse”, reconheceu Abi Treut, de Brooklyn. Uma das mensagens que colocou diz: “Agora, todas as mulheres têm que ser supermulheres”.
Mas há diferentes mensagens: de esperança, “mantenham a cabeça erguida”; de respeito, “é uma honra estar nesta luta com vocês”; humorística, “amor é o novo negro” ("Love is the new black"); as que apelam à acção, “vamos mobilizar”; e uma mostra um simples coração a sangrar.
“Queria dar às pessoas uma oportunidade para se expressarem, sem
terem de falar”, explicou Chavez, que também executa no túnel uma performance,
em que “encarna” o papel de um terapeuta com uma mesa, onde quem passa pode
desabafar.
Donald Trump venceu as presidenciais norte-americanas de dia 8 de Novembro e toma posse a 20 de Janeiro de 2017. A vitória de Trump levou a protestos em várias cidades e milhares de norte-americanos saíram à rua a contestar o novo Presidente.
No discurso de vitória, o candidato republicano garantiu que será o Presidente de todos os americanos e que é hora de os norte-americanos curarem as feridas da divisão e se juntarem "como um povo unido"