24 nov, 2016 - 15:31
Uma vaga de incêndios está a provocar o caos em Haifa, a terceira maior cidade de Israel, levando à retirada de dezenas de milhares de pessoas das suas área de residência, incluindo reclusos, idosos e doentes.
As condições meteorológicas nesta altura do ano são muito propícias à propagação de fogos, já que em várias partes do país não chove há meses. O vento intenso e quente está a dificultar o trabalho dos bombeiros.
Várias figuras políticas, incluindo do Governo, têm sugerido que vários dos fogos são postos, mas a polícia não dispõe de provas nesse sentido.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que os fogos se devem a “causas naturais e não naturais”, mas outros responsáveis foram mais longe, como Naftali Bennett, ministro da Educação e líder de um partido nacionalista, que escreveu, num tweet, que “só alguém a quem este país não pertence o poderia queimar”, aparentemente culpando palestinianos pela situação.
As autoridades já ordenaram a dezenas de milhares de habitantes de Haifa que abandonem os bairros mais directamente ameaçados pelas chamas e estão a proceder à evacuação de instituições como uma prisão, um hospital, escolas e universidades.
Por enquanto a zona de maior preocupação é Haifa, mas há várias regiões em perigo, incluindo a Cisjordânia, caso as chamas alastrem e há focos de incêndio em quase metade do país.
Na quinta-feira o Governo pediu meios aéreos para ajudar a combater as chamas e já recebeu ofertas de assistência por parte de outros países, como a Grécia, Chipre, Croácia, Turquia e Rússia.