25 nov, 2016 - 18:45
Mitt Romney só deve ser convidado para ocupar o cargo de Secretário de Estado dos EUA na administração de Donald Trump se pedir desculpas e se retractar publicamente das acusações que fez ao futuro Presidente durante a campanha.
A notícia, avançada pela cadeia Fox News, tem por base declarações de conselheiros e de apoiantes notáveis de Trump, como por exemplo Mike Huckabee.
Muitos elementos do aparelho do Partido Republicano criticaram Trump durante a campanha, mas poucos foram tão longe como Mitt Romney, que num discurso no seu Estado natal de Utah atacou o candidato, dizendo que seria "esmagado" por Hillary se ganhasse a candidatura republicana, menosprezando a sua capacidade de negócios e acusando-o de usar as minorias como "bodes expiatórios".
“Ele defende o uso da tortura e o assassinato de filhos e familiares inocentes de terroristas. Aplaude quando os manifestantes são agredidos, aplaude a ideia de limitar o direito constitucional à liberdade de imprensa”, disse ainda Romney, que descreveu ainda Donald Trump como um "vigarista" cuja eleição lançaria o país numa longa recessão.
Para republicanos como Mike Huckabee, Romney deve agora pedir perdão pelas suas acusações, apesar de o próprio Donald Trump se ter já distanciado de algumas das suas promessas eleitorais, como por exemplo a defesa da tortura para com suspeitos de terrorismo.
“Não é que eu não goste pessoalmente do Mitt, mas estou ainda muito descontente com a forma como ele fez tudo o que pôde para descarrilar a candidatura de Donald Trump. Acho que a única forma de Mitt Romney poder sequer se considerado para um cargo destes é se ele pegar num microfone, num sítio muito público, e repudiar tudo quanto disse naquele famoso discurso de Salt Lake City e tudo o que disse depois disso”, afirma.
O cargo de secretário de Estado é equivalente ao de ministro dos Negócios Estrangeiros e é um dos mais altos da administração no Governo americano.
Segundo a imprensa americana, Donald Trump estará a considerar convidar Romney para o cargo, ou então o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque, Rudi Giuliani.