02 dez, 2016 - 18:36
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, não se recandidata e indica o ministro da Defesa, João Lourenço, como candidato às eleições gerais do próximo ano, avança a Rádio Pública de Angola.
José Eduardo Lourenço está no poder há 37 anos, desde 1979.
O chefe de Estado e líder histórico do MPLA tinha anunciado em Março que pretendia abandonar a vida política em
2018.
João Lourenço, 62 anos, é vice-presidente do MPLA desde o
congresso do partido em Agosto último e deverá ser apresentado publicamente
como cabeça de lista do partido a 10 de Dezembro, no arranque da campanha
pré-eleitoral em Luanda.
O comité central do MPLA, reunido esta sexta-feira em Luanda, aprovou para candidato a vice-presidente de Angolao actual ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa.
Para presidente da Assembleia Nacional na lista do MPLA
volta a ser proposto Fernando da Piedade dias dos Santos, que já está actualmente
em funções, acrescenta a informação divulgada pela rádio estatal, que ao início
da noite começou a promover debates sobre a nova liderança em perspetiva.
"O nosso objectivo é ganhar as eleições com maioria
qualificada ou no mínimo maioria absoluta e o segredo estará na disciplina, na
união e coesão de todos em torno dos nossos candidatos, quer no processo da
campanha eleitoral quer no momento da votação", afirmou José Eduardo dos
Santos, durante o discurso de abertura desta reunião do Comité Central desta sexta-feira.
A Constituição angolana prevê que o cabeça de lista do
partido mais votado em eleições gerais seja automaticamente nomeado Presidente
da República.
O MPLA aprovou esta sexta-feira uma resolução com o cabeça de lista do partido às eleições gerais de 2017 em Angola, mas sem oficializar o nome de João Lourenço.
A informação consta do comunicado final divulgado pelo secretário do bureau político do MPLA, Mário António, depois de concluída a segunda reunião ordinária do Comité Central, presidida por José Eduardo dos Santos, dando apenas conta que aquele órgão "aprovou" a "resolução interna sobre a designação do cabeça de lista às eleições gerais de 2017".
Foi igualmente aprovada, segundo o comunicado lido por Mário António, a "síntese da estratégia eleitoral do MPLA", para preparar as tarefas até às eleições de agosto do próximo ano, bem como a estrutura de coordenação da campanha e o programa de governação do partido entre 2017 e 2022, na próxima legislatura.