07 dez, 2016 - 16:44
Os rebeldes sírios abandonaram esta quarta-feira de manhã a parte antiga da cidade de Alepo, na Síria, e pedem um cessar-fogo imediato de cinco dias para retirar civis e feridos da zona de combates.
Os opositores ao regime do Presidente Bashar Al-Assad retiraram depois de várioas dias de intensos bombardeamentos.
As forças governamentais sírias, apoiadas pela Rússia, controlam agora 75% da segunda maior cidade do país, que está em poder dos rebeldes há quatro anos.
Em comunicado, os rebeldes pedem uma trégua imediata de cinco dias, para retirar civis e feridos da zona de guerra.
Os opositores ao regime não manifestam intenção de abandonar faixa de território que ainda controlam na parte Oriental de Alepo, a cidade da Síria com mais população antes do início da guerra.
O Governo sírio e a Rússia exigem a retirada total de Alepo e só admitem um cessar-fogo até isso acontecer.
“Tem sido uma tragédia há muito tempo, mas nunca vi uma pressão como esta na cidade. Não temos cinco minutos de descanso, os bombardeamentos são constantes”, disse um morador de Alepo à agência Reuters.
Na segunda-feira, a Rússia e a China vetaram uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas a exigir um cessar-fogo de sete dias na cidade síria de Alepo.
O embaixador russo junto das Nações Unidas argumentou que a trégua de sete dias iria dar tempo aos rebeldes para reforçarem as suas posições e abastecerem-se de munições.
O cessar-fogo “só iria agravar o sofrimento dos civis”, na opinião de Vitaly Churkin.
Centenas de civis continuam a fugir da zona Oriental de Alepo. Nas últimas 24 horas, cerca de 2.000 pessoas chegaram em autocarros a zonas controladas pelo Governo de Assad, segundo fonte das Nações Unidas.
Na última semana, mais de 30 mil pessoas abandonaram a zona de conflito, onde falta um pouco de tudo: água, comida, medicamentos e tratamentos médicos.
“As Nações Unidas estão profundamente preocupadas com o bem-estar, segurança e protecção dos civis de Alepo, em particular, os que estão bloqueados na zona cercada na parte oriental da cidade”, diz fonte oficial da ONU.