16 dez, 2016 - 20:27 • Carlos Calaveiras
O Presidente dos Estados Unidos considera que a Rússia é um dos principais culpados pela guerra na Síria. Barack Obama culpa Moscovo por um ataque informático contra o partido democrata.
Na última conferência de imprensa do ano na Casa Branca, Barack Obama reafirma que o país continua a tentar parar a guerra na Síria, um dos problemas “mais difíceis” da sua administração.
Segundo o líder norte-americano, continua a haver “constantes violações dos direitos humanos” e “a culpa é do regime de Bashar al-Assad que continua a matar e dos seus aliados Rússia e Irão”.
Obama acrescenta que vai continuar a insistir num cessar-fogo, na criação de corredores humanitários, de uma força internacional de paz, apesar de “a Rússia ter bloqueado o conselho de segurança”.
Rússia fez ataque informático
O Presidente dos Estados Unidos falou também sobre o ataque informático, já confirmado pelos serviços secretos, de que terá influenciado as eleições norte-americanas.
Barack Obama reafirma que, baseado em informações de que dispõe, “a Rússia foi responsável por ataque informático ao partido democrata” num período de campanha eleitoral, revelando informações ao site Wikileaks.
“Demos conta deste ataque, mas não fizemos interpretações. A comunicação social é que fez. Certo é que devemos evitar esse tipo de ataques no futuro”, acrescentou.
Naquela altura, “não fizemos o trabalho dos hackers ao levantar muitas questões, nem quando o Presidente eleito chegou a levantar dúvidas” porque qualquer posição que tivéssemos “poderia ser mal interpretada”.
No entanto, os Estados Unidos "vão fornecer provas do ataque, que não comprometam fontes e métodos".
O Presidente dos Estados Unidos conta que “em Setembro” falou com Vladimir Putin e “disse-lhe para parar ou haveria consequências. Naquela altura pararam, mas a entrega ao Wikileaks já tinha acontecido”.
Obama, lamentando o deteriorar de relações, repetiu a mensagem para Moscovo: “Parem de fazer isso ou nós podemos fazer-vos coisas”.
Se continuar, haverá uma altura em que uma “mensagem clara será directamente recebida pela Rússia” e isso “não será publicitado”.
A este propósito, Obama confirma que também a China patrocinou ataques informáticos, mas contra empresas.
Num balanço aos seus oito anos de administração, Barack Obama resumiu: “Os Estados Unidos estão mais fortes e mais prósperos” do que estavam quando chegámos.
Quando à transição para a administração Trump, continua a decorrer e "estamos a fazer tudo para que decorra sem problemas".