20 dez, 2016 - 18:01
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Ataques como os que se registaram esta segunda-feira à noite, em Berlim, ou em Julho, em Nice, vão acontecer “com cada vez maior regularidade”. É o que prevê André Barrinha, professor de Relações Internacionais na Universidade de Canterbury, no Reino Unido.
“É um ‘modus operandi’ relativamente fácil de executar. É mais um incidente numa longa disputa que se continuará a desenrolar nos próximos anos, se se confirmar que se tratou de um ataque do Estado Islâmico, que está obviamente cada vez mais enfraquecido na Síria e no Iraque e, por isso, tratará de usar estes métodos na Europa com cada vez maior regularidade”, explica.
Em declarações à Renascença, este especialista lembra que ainda falta saber se, tal como em Nice, terá sido o autoproclamado Estado islâmico a orquestrar o atentado de Berlim.
Na mesma linha, Filipe Pathé Duarte, especialista em terrorismo, diz que o atentado de Berlim parece enquadrar-se numa resposta aos últimos apelos da “jihad”.
“De certa forma vem corresponder aos apelos que o Daesh [Estado Islâmico] tem vindo a fazer para a actuação de chamados lobos solitários. Não implica que eles actuem isoladamente, mas que sejam células semi-autónomas que utilizem todos os meios possíveis para causar o máximo de destruição e disrupção social”, descreve este especialista.
Na segunda-feira à noite, um camião foi intencionalmente lançado sobre a multidão que se encontrava num mercado de Natal, em Berlim. Pelo menos 12 pessoas morreram e 48 ficaram feridas.