23 dez, 2016 - 09:30
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O principal suspeito do atentado no mercado de Natal, em Berlim, foi abatido nos arredores de Milão, esta madrugada. A confirmação foi feita, esta manhã, pelo ministro da Administração Interna italiano.
“Sem dúvida é Anis Amri”, afirmou o ministro Marco Minniti, em conferência de imprensa, acrescentando que quando foi interpelado pelos agentes "não hesitou" em disparar.
Antes, uma fonte dos serviços de segurança italianos já tinha avançado que as impressões digitais do indivíduo morto eram de Anis Amri.
Durante uma acção de rotina da polícia foi a pedida a identificação a um indivíduo do sexo masculino, que levantou suspeitas. O homem reagiu com violência: puxou de uma arma, gritou “Ala Akbar” (Deus é Grande) e disparou contra os agentes, ferindo um, avança o jornal “Corriere della Sera”. Os agentes reagiram e abateram a tiro o homem.
O confronto com a polícia aconteceu
cerca das 3h00 na Praça 1.º de Maio, junto à Estação de San Giovanni.
O ministro Marco Minniti aproveitou para felicitar as forças de segurança italianas pela “resposta rápida”
e a desejar as rápidas melhoras ao agente ferido, que está hospitalizado, mas
não inspira grandes cuidados.
Ao que tudo indica, as
autoridades italianas tinham recebido informações de que o terrorista podia
estar nos subúrbios de Milão.
Antes desta informação surgir, a agência Reuters citava a polícia dinamarquesa para dizer que o suspeito do atentado em Berlim tinha sido avistado em Aalborg, onde decorriam buscas.
Pelo menos 12 pessoas morreram e 48 ficaram feridas na sequência do ataque na segunda-feira, já reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI).
O grupo terrorista emitiu entretanto um comunicado através da Amaq, órgão de propaganda oficial do EI, a dar conta da morte do suspeito. "O executante dos ataques de Berlim levou a cabo outro ataque contra a polícia italiana em Milão e foi morto num tiroteio", diz o comunicado citado na Reuters.
A procuradoria federal alemã tinha emitido uma ordem de detenção europeia contra Anis Amri, que já tinha vigiado pelas forças de segurança, mantinha vínculos com círculos 'jihadistas' e não tinha sido expulso do país depois de lhe ter sido recusado um pedido de asilo por falta da documentação necessária.
Anis, que já era conhecido das autoridades há vários anos, chegou à Alemanha em 2015 e desde essa altura era seguido pelas agências de segurança, devido a contactos com “indivíduos radicais”.
A Alemanha estava a oferecer 100 mil euros de recompensa a quem oferecer informações sobre o cidadão tunisino, de 24 anos.