Ataque em Berlim. Detidos três alegados terroristas, um é sobrinho de Anis Amri

A Tunísia anunciou a detenção de três suspeitos de pertencerem a uma "célula terrorista", entre os quais está o sobrinho do suspeito do ataque num mercado de Natal em Berlim, avança a BBC.

O ministro da Administração Interna confirmou que a detenção aconteceu na sexta-feira, acrescentado que os suspeitos têm entre 18 e 27 anos.

O governante revelou que o sobrinho do terrorista confessou que mantinha comunicações com o tio através uma aplicação encriptada. Durante o interrogatório policial também declarou que apoiava o Estado Islâmico.

O autor do ataque em Berlim foi abatido sexta-feira em Milão, Itália, depois de ser detectado durante um patrulhamento de rotina cerca das 3h00. Anis Amri não hesitou em disparar contra os polícias, ferindo um.

O tunisino, de 24 anos, esteve em fuga desde o atentado na passada segunda-feira à noite, que fez 12 mortos e 50 feridos num mercado de Natal, e foi reivindicado pelo autodenominado Estado Islâmico.

Foi detectado durante um patrulhamento de rotina cerca das 3h00. Anis Amri não hesitou em disparar contra os polícias.

Segundo as últimas informações, Amri manifestou lealdade ao grupo extremista. Um vídeo divulgado pela agência de propaganda da organização terrorista - a Amaq - mostra o tunisino a jurar a sua lealdade ao líder do EI, Abu Bakr al-Badhdadi.

O homem, que aparece de pé vestido com um manto ao lado de um rio, dirige-se directamente à câmara declarando a sua intenção de vingar as vítimas muçulmanas dos ataques aéreos e apela ao ataque dos “cruzados”.

A data e o local da gravação, que dura cerca de três minutos, não são mencionados.

Investigações em Espanha

Os serviços secretos espanhóis estão a investigar as possíveis relações entre Anis Amri e um residente, avança a agência Reuters.

Ao que tudo indica, os dois terão estado em contactado pela internet no passado dia 19 de Dezembro.

A informação foi confirmada pelo ministro Administração Interna à estação de rádio Cadena Cope. “Não é descartada a possibilidade de poderem vir a ser feitas detenções”, acrescentou.