26 dez, 2016 - 16:29
Diversas partes do avião russo TU-154 que se despenhou na madrugada de domingo no Mar Negro com 92 pessoas a bordo foram detectadas esta segunda-feira a 27 metros de profundidade, indicaram as equipas de regaste do ministério russo das situações de urgência.
"Partes do avião foram descobertas a 27 metros de profundidade a cerca de uma milha náutica (1,8 quilómetros) da costa", declarou uma porta-voz da equipa de salvamento em Sochi, Rimma Tchernova.
As equipas do ministério tentam agora localizar onde se encontram cada fragmento do aparelho e a respectiva dimensão. As agências russas tinham-se referido previamente à descoberta da "fuselagem".
O Tu-154 do ministério da Defesa russo despenhou-se dois minutos e 44 segundos após a sua descolagem da estação balnear de Sochi quando se dirigia para a Síria com 92 pessoas a bordo, incluindo oito membros da tripulação.
As causas do acidente ainda não são conhecidas, mas os investigadores parecem ter afastado a hipótese de atentado terrorista. O presidente do Conselho da Federação para a Defesa e Segurança, Viktor Ozerov, declarou no domingo que não há nenhuma hipótese de ter sido um atentado, apontando falha técnica ou erro humano como causas do acidente.
No local do acidente prossegue uma gigantesca operação para encontrar os destroços e as caixas negras do Tupolev: mais de 3.500 pessoas, incluindo 150 mergulhadores, 45 embarcações, cinco helicópteros e diversos “drones” permanecem mobilizados.
Segundo o ministério da Defesa, foram recuperados até ao momento 11 corpos e 150 fragmentos do avião.
O avião despenhou-se na madrugada de domingo pouco depois de ter descolado às 5h25 (hora local, 2h25 em Lisboa) do aeroporto de Sochi, onde efectuou uma escala para reabastecimento de combustível e após ter partido do aeródromo militar de Chkalovsky, na região de Moscovo.
A bordo estavam 64 membros do Alexandrov Ensemble – o grupo musical oficial das Forças Armadas, também conhecido por Coro do Exército Vermelho –, e o seu maestro, Valery Khalilov.
"O grupo ficou órfão de um terço dos seus membros", referiu o canal estatal Rossiya.
O coro deveria actuar para as tropas russas estacionadas na base aérea de Hmeimim, utilizada para desencadear os ataques aéreos em apoio às forças do Presidente sírio Bashar al-Assad, um aliado de Moscovo.