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Guterres acredita que ​Chipre está "muito perto" da reunificação

12 jan, 2017 - 22:53

No final da primeira ronda de negociações, o secretário-geral da ONU pediu um "último esforço" às partes envolvidas nas negociações.

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, diz que um acordo para a reunificação de Chipre está “muito próximo” e pede um “último esforço” aos líderes dos dois lados.

No final da primeira ronda de negociações, em Genebra, na Suíça, o antigo primeiro-ministro português mostra-se confiante num entendimento para a ilha dividida, mas também pediu contenção no optimismo.

“Não podemos esperar milagres nem soluções imediatas. Não estamos à procura de uma solução rápida”, salientou António Guterres.

“As discussões de hoje reforçaram a intenção dos intervenientes para encontrarem soluções aceitáveis para os dois lados, sobre segurança e garantias relativas às preocupações das duas comunidades. Eles reconheceram que a segurança de uma comunidade não pode ser conseguida à custa da segurança da outra”, referiu a ONU, num comunicado divulgado no final do primeiro encontro.

Os líderes cipriota turco e grego também reconheceram a necessidade de abordar as “preocupações tradicionais de segurança das duas comunidades e, ao mesmo tempo, desenvolver uma visão de segurança para um futuro Chipre unido e federal”, refere a organização.

A segunda ronda de negociações está prevista para a próxima quarta-feira, dia 18.

A ilha de Chipre está dividida em parte grega e turca desde o conflito de 1974. Desde então a paz tem sido assegurada por uma zona tampão protegida pelas Nações Unidas.

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  • José Marques
    13 jan, 2017 Lisboa 06:53
    Vista de Washington, uma possível saída da Turquia da OTAN, ou pelo menos do Comando integrado da Aliança Atlântica, provoca suores frios na facção imperialista do Poder. Em número de homens, o exército turco é, com efeito, o segundo da OTAN depois do dos Estados Unidos. Pelo contrário, uma possível saída da Aliança suscita bastante mais alívio à facção de Donald Trump, para a qual a Turquia é um país à deriva. Daí o forcing dos neo-conservadores para trazer de volta a Turquia ao «sentido da História» (o do «Novo Século Americano»). Assim, a assistente do Secretário de Estado, Victoria Nuland, tenta oferecer Chipre a Recep Tayyip Erdoğan ; um projecto que ela tinha concebido a seguir ás eleições de Novembro de 2015, quando o Presidente Barack Obama ordenou a eliminação do Presidente turco. Exercendo chantagem sobre o Presidente cipriota, Nicos Anastasiades, Nuland sugeriu-lhe que aceitasse o seu «plano de paz» para Chipre: a ilha seria reunificada e desmilitarizada —quer dizer privada do seu exército— enquanto a OTAN —concretamente as tropas turcas lá seriam colocadas—. Assim, o exército turco poderia completar a sua conquista da ilha sem qualquer combate. No caso de recusar este negócio de tolos, o Presidente Anastasiadis poderia ser processado pela justiça em Nova Iorque. Deste modo, a ruptura com a OTAN custaria à Turquia o Nordeste de Chipre que ela ocupa, enquanto a sua permanência na Aliança Atlântica lhe ofereceria a totalidade da ilha.

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