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“Boa sorte”. Assim terminou a última conferência de imprensa de Obama

18 jan, 2017 - 20:25 • Carlos Calaveiras

O Presidente cessante dos Estados Unidos quer estar com a família e estar calado no próximo ano, mas vai manter-se atento a alguns temas.

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“Boa sorte”. Assim terminou a última conferência de imprensa de Obama
“Boa sorte”. Assim terminou a última conferência de imprensa de Obama

O ainda Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aproveitou a última conferência de imprensa na Casa Branca para falar sobre Rússia, Médio Oriente, Trump, o seu futuro e a família.

Comecemos pelo fim: Obama desejou “boa sorte” antes de baixar do palanque. Ficou a dúvida se esta frase era só para os jornalistas presentes ou para todos os norte-americanos numa referência indirecta à presidência de Donald Trump que se inicia na sexta-feira, dia 20.

O líder norte-americano reafirma que tem tido “conversas cordiais” com Trump, a quem deixou “vários conselhos sobre assuntos internos e externos”. No entanto, lembra que “Donald Trump deve seguir as suas ideias e deve ouvir os seus conselheiros e adequar posições”, porque “não vai conseguir fazer tudo sozinho”.

Não querendo comentar a polémica da “inauguration”, em que vários congressistas e senadores democratas não vão estar presentes na cerimónia, Obama anuncia que vai “estar na tomada de posse”.

Sobre o futuro, Barack Obama garante que não vai proximamente concorrer a nenhum cargo e quer “celebrar os 25 anos de casado, escrever, estar calado e estar com as filhas”.

No entanto, garante que vai “estar atento e falar” se vir “discriminação, se continuarem a dificultar o voto, a tentar silenciar a imprensa ou se avançarem com deportações de nascidos nos Estados Unidos”.

Por outro lado, Obama insiste que, no futuro, “podemos ter qualquer raça na presidência”, mas reforça que continua preocupado com a “falta de igualdade” no país e com os problemas da democracia: “devemos tornar mais fácil o voto, não mais difícil”. E neste âmbito, disparou sobre um dos temas de campanha: “Fraude eleitoral é ‘fake news’”.

"Putin tornou a relação difícil"

Na política externa, a Rússia foi um dos temas abordados pelo Presidente. “Os Estados Unidos necessitam de uma relação construtiva com a Rússia, tentei ajudá-los a melhorar a sua economia, mas Putin fez crescer a retórica anti-América, o que tornou a relação mais difícil”.

Obama lembra que “as sanções foram impostas depois da invasão da Crimeia na Ucrânia, que é um país independente” e que, se essa posição for revertida, “as sanções serão levantadas”.

Já sobre o Médio Oriente, Barack Obama diz que continua “preocupado com a questão Israel/Palestina.

“A actual situação é insustentável e perigosa”, refere, lembrando que encorajou "negociações sérias de paz, mas não podemos forçar as partes a entenderem-se”.

Obama considera que “Trump terá a sua própria política, tem visão diferente da nossa. Não projecto o que pode acontecer, mas o cenário é volátil”.

A terminar uma pergunta mais pessoal, colocada por Christi Parsons, do LA Times - que acompanha Obama desde o início da carreira política - sobre o legado que deixa para as filhas que cresceram na Casa Branca. O Presidente disse estar orgulhoso nas filhas.

[actualizado às 21h04]

Comentários
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  • Miguel Botelho
    19 jan, 2017 Lisboa 12:53
    Sete cenários de guerra em sete países diferentes: Iémen, Somália, Paquistão, Iraque, Síria, Líbia e Afeganistão. Supressão do «Habeas Corpus». Acordo do TPP. Mais poluição e menos ambiente, com «fracking». Prisão e tortura de activistas humanitários. Só agora deu perdão a Chelsie Manning. Adeus, Obama. Vai-te embora e leva a Michelle contigo.

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