02 fev, 2017 - 15:56
As autoridades francesas alargaram o âmbito da investigação ao candidato presidencial de centro-direita François Fillon, revelam fontes citadas pela agência Reuters.
Em causa estão alegações de que o antigo primeiro-ministro pagou avultadas somas de dinheiro a familiares por falsos empregos.
De acordo com o jornal “Le Canard Enchaine”, o candidato da direita arranjou não um, mas dois empregos fictícios à mulher, Penelope Fillon, que lhe permitiram auferir mais de 900 mil euros ao longo de vários anos.
François Fillon remunerou também dois dos seus filhos como assistentes parlamentares com 84 mil euros, entre 2005 e 2007, quando ambos eram estudantes, segundo o jornal conhecido por revelar escândalos envolvendo políticos.
Fillon é visto como o único capaz de derrotar a extrema-direita de Marine Le Pen numa eventual segunda volta das eleições presidenciais. Mas vozes do Partido Republicano começam a questionar a candidatura.
François Fillon tem negado todas as acusações, contudo uma sondagem recente mostra que a grande maioria dos franceses não ficou convencida das justificações do candidato.
Na opinião de António Monteiro, Emmanuel Macron poderá ser o mais beneficiado com esta polémica.
Em declarações à Renascença, o antigo embaixador português em Paris nota que é preciso deixar que se concluam as investigações para saber o que vai fazer Fillon.
António Monteiro diz que será o candidato independente do centro Emmanuel Macron que poderá retirar maiores dividendos desta situação.