Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Trump põe Bataclan entre os atentados mal noticiados pela “imprensa desonesta"

07 fev, 2017 - 11:34

O Presidente dos Estados Unidos acusou os órgãos de comunicação social de não noticiarem os atentados que “estão a acontecer em toda a Europa”. A lista prometida já foi divulgada.

A+ / A-

São 178 os atentados que Donald Trump diz não terem sido noticiados (ou bem noticiados) pela imprensa. A lista foi divulgada esta terça-feira pela Casa Branca, tal como prometido, e inclui os mediáticos ataques de Paris, no Bataclan, em Novembro de 2015.

Segundo o “The Guardian”, da lista enviada a vários órgãos de comunicação social fazem ainda parte o atentado em Nice (quando, em Julho de 2016, um camião foi contra uma multidão que comemorava o Dia da Bastilha), o massacre em San Bernardino, na Califórnia, em Dezembro de 2015, e o tiroteio no clube nocturno de Orlando, na Flórida, em Junho de 2016.

A cronologia dos ataques vai de Setembro de 2014 a Dezembro de 2016 e, apesar de vários terem sido amplamente noticiados, a administração norte-americana argumenta que a maioria não foi adequadamente reportada pelos órgãos de comunicação social.

A lista inclui ainda atentados no Afeganistão, na Argélia e na Austrália, mas é omisso quanto ao ataque levado a cabo no ano passado em Israel, por um jovem de 19 anos pertencente ao Hamas, que fez explodir um autocarro, deixando mais de 20 pessoas feridas.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Lindsay Walters, a cronologia mostra que os atentados terroristas estão a perder peso noticioso por causa da frequência com que acontecem.

“Se repararem no que aconteceu há uns anos, qualquer um destes ataques teria sido noticiado em todos os órgãos de comunicação social, mas agora acontecem tantas vezes – a uma taxa de um ou dois por semana, de acordo com a lista – que a comunicação social já não lhes dá a mesma cobertura”, sustenta.

“Isto não pode tornar-se o ‘novo normal’ e o Presidente não ficará satisfeito até que o povo americano esteja mais seguro e protegido”, acrescentou.

Antes deste comunicado – e na sequência das declarações de Donald Trump na Flórida, durante a visita a uma base aérea – o secretário para a Comunicação Social, Sean Spicer, elucidou os jornalistas que se encontravam no avião presidencial (o Air Force One): o Presidente acredita que os atentados são mal noticiados e não omitidos pela comunicação social.

“Ele sente que a imprensa nem sempre dá a mesma cobertura a esses eventos em comparação com outros”, justificou.

As palavras de Donald Trump foram: “O Estado Islâmico está numa campanha de genocídio, cometendo atrocidades em todo o mundo e em muitos casos a imprensa, muito muito desonesta, não os quer divulgar”.

Afirmou ainda que os atentados estão a acontecer “um pouco por toda a Europa, mas chegou a um ponto em que nem sequer são noticiados”.

Renascença produziu mais de 200 artigos

Numa busca por conteúdos informativos produzidos na sequência de alguns atentados mencionados na lista divulgada pela Casa Branca, a Renascença conclui ter publicado 157 só respeitantes aos ataques em Paris.

Sobre o atentado em Nice, foram produzidos mais de 45 conteúdos informativos, desde notícias a vídeos, passando por comentários e análises.

O massacre em Orlando (Flórida) teve direito a nove conteúdos.

Erros “oficiais”

O “The Guardian” aponta erros ortográficos e lapsos no documento divulgado esta terça-feira pela Casa Branca. Por exemplo, “attaker” em vez de “attacker” (atacante) e “Denmakr” em vez de “Denmark” (Dinamarca).

Conta o jornal britânico que as últimas comunicações oficiais revelam outros erros, como o nome da primeira-ministra britânica escrito sem “h” (Teresa em vez de Theresa May) e a referência a Malcom Turnbull como Presidente da Austrália, em vez de primeiro-ministro.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Zé Europa
    08 fev, 2017 Lisboa 07:41
    E contra esta besta, ninguém promove um atentado?? Se for necessário dinheiro eu contribuo, Afinal trata-se do bem comum!
  • Carlos Rodrigues
    08 fev, 2017 Olivais 04:49
    Caso para perguntar se o Trump passou estes anos todos a viver na caverna ao lado da do Bin Laden.
  • Maria
    07 fev, 2017 Lisboa 23:37
    Mas ainda alguém presta atenção ao conteudo e forma das declarações deste grupo de saloios?
  • ferreira
    07 fev, 2017 aveiro 23:19
    Onde andou este cavalheiro durante estes anos.
  • Horacio
    07 fev, 2017 Lisboa 17:28
    Só quem não o conhece acredita no que diz o Trump . Para muitos mal informados isto é tudo novidade. Mas para que viveu em Nova York nos anos 80' e 90' já viu tudo isto antes .o Trump sempre foi considerado um fanfarrão que no mínimo exagerava os factos e nas piores ocasiões dizia mentiras absurdas. Como não era político ninguém ligava . Foram várias vezes que Trump falsamente acusou pessoas inocentes e teve de retrair .em pelo menos um caso ele teve de pagar uma fortuna em indemnizações a 5 jovens negros que Trump acusou sem provas .o Trump chegou a pedir a pena de morte para eles num anúncio de uma página que ele comprou no New York times. Os rapazes foram presos devido à pressão de Trump e da media ,depois apanharam os verdadeiros culpados e eles foram soltos .os verdadeiros criminosos confessaram.o Trump pagou .mas nunca pediu desculpa e até hoje continua dizer que são culpados apesar de todas as provas contra. Esse o o novo presidente dos Estados Unidos um homem que acha que não erra e que nunca admite ter errado, mesmo quando fica óbvio que errou. Ele ganhou as eleições nos Estados Unidos por vários motivos ,nenhum deles tem a ver com suas qualidades. Foi um voto de protesto sobre a situação dos pobres e o desemprego acrescido do xenophobismo da direita é uma campanha republicana anti Clinton que já dura à décadas. Junta-se a isso que só 35% da população votou e que Trump só consegui-o menos da metade desses votos .mas venceu no campo onde ninguém o conhece de verdade.
  • abelhudo
    07 fev, 2017 Lx 17:23
    «Os mass media e o poder». Constatar chega??? O que falta é avisar a malta ceguinha... ceguinha, que come o que lhe dão!
  • Madala
    07 fev, 2017 Évora 16:49
    Oh Trum é que é nau, tem razão, parece que para a comunicação social os muçulmanos é que são bons.... uns santos! Lá é só liberdades... as mulheres fasem o que querem andam onde querem, tudo é bom para os media. Onde estão as mulheres pars defenderam as suas igusis desees paises? Azia sómente...
  • Manuel Sá
    07 fev, 2017 Porto 16:42
    O comentarista EBAC (15.52), escusava de insultar o Tino de Rans. comparando o camone imbecil a ele. Haja respeito!
  • Miguel
    07 fev, 2017 lisboa 16:22
    Podemos excluir a renascença mas o mesmo não se passa noutros jornais...
  • Filipe Cunha
    07 fev, 2017 Ovar 16:21
    Ridículo, surreal, demagógico, indigno dum presidente dos EUA.

Destaques V+