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Líder da oposição na Venezuela continua preso

16 fev, 2017 - 22:10

A decisão do Supremo foi confirmada esta quinta-feira. No sábado haverá uma manifestação para assinalar o terceiro ano da sua prisão.

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O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou a condenação a quase 14 anos de prisão do líder da oposição Leopoldo López, informou o seu advogado de defesa, Juan Carlos Gutiérrez.

"O recurso foi considerado inadmissível, temos a possibilidade de tentar uma acção internacional", explicou o advogado de defesa, sublinhando que o caso de Leopoldo López está encerrado na Venezuela.

Leopoldo López foi condenado a 10 de Setembro de 2015 a 13 anos e nove meses de prisão por um tribunal de Caracas.

A condenação é a máxima para os crimes de que estava acusado, nomeadamente instigação pública, associação criminosa, danos à propriedade e incêndio em relação às violentas manifestações de Fevereiro de 2014, que provocaram vários mortos.

O partido fundado por Leopoldo López, Vontade Popular, convocou para sábado uma manifestação para assinalar o terceiro ano da sua prisão.

O ex-presidente do Governo espanhol Felipe González acusou o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela de cometer "um crime de prevaricação" ao ratificar a condenação.

Felipe González, que participou com o também antigo Presidente do Governo espanhol José María Aznar num acto em Madrid para pedir a libertação do político venezuelano, considerou a decisão "nula de pleno direito, arbitrária e completamente injusta".

"O Tribunal sabe que comete um crime de prevaricação, o mais grave que pode atribuir-se aos juízes. São conscientes de estar a condenar um inocente só por ser um líder da oposição à tirania de Maduro", disse.

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