19 fev, 2017 - 15:54
Donald Trump está na Casa Branca há quatro semanas. O novo Presidente dos Estados Unidos tem estado envolvido em várias polémicas e a mais recente envolve a Suécia.
O jornal canadiano Thestar.com fez a compilação das “80 mentiras” já avançadas por Trump ou alguém da sua administração.
A 80ª inverdade é a de que Donald Trump teve mais votos no colégio eleitoral de que os seus antecessores. No entanto, quer Barack Obama, quer Bill Clinton, quer George Bush tiveram mais apoio.
No entanto, este número já está desactualizado. É que este sábado o Presidente norte-americano aludiu a um atentado terrorista, que não existiu, na Suécia para justificar a sua política anti-imigração.
"Olhem para o se passa na Alemanha, olhem para o que se passou ontem à noite [sexta-feira] na Suécia. A Suécia, quem haveria de pensar? A Suécia. Eles acolheram muitos refugiados e agora têm problemas como nunca imaginaram que iriam ter", afirmou Donald Trump num discurso na Florida em defesa da sua política anti-refugiados e anti-imigração.
A falsa informação propagou-se rapidamente na rede social Twitter, onde o ex-primeiro-ministro sueco Carl Bildt escreveu: "A Suécia? Um atentado? O que é que ele fumou?".
A declaração de Trump animou a rede social sob o 'hashtag' #LastNightinSweden (ontem à noite na Súécia) e #SwedenIncident (incidente na Suécia), onde Trump foi ridicularizado um pouco por todo o mundo.
Esta não é a primeira vez que membros da administração Trump, e agora o próprio, se referem a ataques terroristas inexistentes - justificados posteriormente como lapsos.
Kellyanne Conway, a conselheira de Trump - que inventou a noção de "factos alternativos" -- referiu-se ao "massacre de Bowling Green" numa entrevista e explicou mais tarde que se referia aos "terroristas de Bowling Green", dois iraquianos condenados em 2011 por tentarem enviar dinheiro e armas para a al-Qaeda.
Também o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, falou por três vezes numa semana no atentado de Atlanta (no Estado da Geórgia), antes de se lembrar que o mesmo tinha na verdade acontecido em Orlando, na Florida.