01 mar, 2017 - 12:29
François Fillon anunciou esta quarta-feira que vai ser acusado e presente a juiz no dia 15 de Março, no âmbito da investigação de empregos fictícios à sua família. Afirmou ainda que, mesmo assim, não irá desistir da candidatura à Presidência da França.
"Não irei ceder, não me renderei e não me retirarei", garantiu numa conferência de imprensa na sede de campanha, antes de dizer que só se submeterá ao veredicto das urnas, não aos dos juízes. Fillon considera que está a ser vítima de um "assassínio político".
François Fillon é suspeito do desvio de fundos públicos em prol da sua família, mais concretamente da sua mulher, Penelope Fillon, e dos seus filhos, a quem terá pago salários por trabalhos que nunca concretizaram.
Esta quarta-feira, o candidato da direita às presidenciais francesas cancelou uma acção de campanha e foi convocado a prestar declarações perante um juiz. Fillon já fez saber que não vê razões para devolver o dinheiro já pago aos filhos e à mulher.
A polémica começou quando o semanário satírico “Le Canard Enchaine” referiu que Penelope recebeu cerca de 600 mil euros nos últimos anos como assistente parlamentar de Fillon. Segundo o jornal, não há provas de que tenha efectivamente trabalhado.
A justiça francesa anunciou a abertura de uma investigação ao caso a 25 de Janeiro.
As sondagens mostram que François Fillon tem muito que trabalhar para ganhar as eleições. Até agora, o independente Emmanuel Macron é o favorito e tem vindo a consolidar-se como tal, seguido pela candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.