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Partido pede substituição de Fillon como candidato presidencial da direita

04 mar, 2017 - 01:50

François Fillon deve ser formalmente acusado pela justiça francesa devido a alegados empregos fictícios.

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O partido de centro-direita francês UDI decidiu retirar o seu apoio para as eleições presidenciais ao candidato de direita François Fillon, que deve ser formalmente acusado pela justiça francesa devido a alegados empregos fictícios.

"Pedimos solenemente aos Republicanos que mudem de candidato", declarou o presidente da UDI, Jean-Christophe Lagarde, acrescentando que se não o fizerem a sua formação deixa cair a actual aliança.

A UDI tinha decidido na quarta-feira "suspender" a sua participação na campanha de Fillon, que mantém a sua candidatura contra ventos e marés, apesar de ter sido convocado pela justiça para ser acusado do escândalo dos alegados empregos fictícios criados para a sua esposa.

"A questão já não é a de saber se é ou não inocente - quero acreditar na sua inocência. Respeito a sua presunção de inocência", explicou Jean-Christophe Lagarde.

"Mas o debate já não está aqui", continuou. "O inquérito judicial que está em curso faz com ele já não possa defender e explicar aos franceses o projecto de alternância que é o nosso", acrescentou.

Para Lagarde, "a alternância já não é possível com o candidato actual. Se os Republicanos mantiverem a candidatura de Fillon, o chefe do UDI prevê "um fracasso certo" desta.

Questionado sobre o seu eventual desejo de ver Alain Juppé, antigo primeiro-ministro derrotado na segunda volta da primária do centro e da direita, que escolheu Fillon em Novembro, designado como o novo candidato presidencial, Lagarde respondeu que "a lógica seria evidentemente que, dado que o número um está incapacitado de fazer campanha, seja sucedido por quem ficou em segundo lugar".

François Fillon, que vai fazer 63 anos em breve, está a enfrentar várias deserções e apelos à retirada da sua candidatura presidencial provenientes do seu próprio campo político.

Este antigo favorito da corrida eleitoral ao Eliseu caiu para o terceiro lugar nas sondagens, atrás da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, e do antigo ministro Emmanuel Macron do Governo socialista do Presidente François Hollande.

Já Alain Juppé chegaria ligeiramente à frente na primeira volta, prevista para 23 de Abril, se fosse o candidato da direita, segundo uma sondagem, da Odoxa-Dentsu, divulgada esta sexta-feira.

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  • CF
    04 mar, 2017 Beja 11:00
    Quando não se consegue entrar pela porta entra-se pela janela e se for preciso até a proteção civil e os bombeiros de plantão fazem entrar pelo telhado. Os salvadores podem continuar a ordenar e a impor os candidatos supostos puros, mas estão a esquecer-se mais uma vez que estão a desqualificar uma parte importante dos que querem salvar.

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