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Alunos, pais e escolas com novas ferramentas contra “cyberbullying”

03 abr, 2017 - 11:02

Guias e um videojogo já estão disponíveis online e resultam do projecto europeu de investigação.

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Investigadores de oito países desenvolveram, no âmbito de um projecto europeu, um conjunto de ferramentas para prevenir e combater o “cyberbullying”, anunciou a Universidade de Coimbra (UC).

As novas ferramentas – guias para alunos, pais e escolas e um videojogo, já disponíveis ‘online’ – resultam do projecto europeu de investigação ‘Beat cyberbullying: Embrace safer cyberspace’, que envolve especialistas de Chipre, Espanha, Itália, Noruega, Portugal, Reino Unido, República Checa e Turquia, refere uma nota da UC, enviada à agência Lusa.

O “cyberbullying” corresponde ao uso da Internet para intimidar e hostilizar uma pessoa, difamando, insultando ou atacando covardemente.

Financiado pelo programa ‘Erasmus+’, da União Europeia, o projecto conta com a participação de Armanda Matos e de Ana Maria Seixas, ambas docentes da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC (FPCEUC).

Numa primeira fase, realizada nos últimos dois anos, a equipa de investigadores fez um estudo junto de crianças e adolescentes, com idades compreendidas entre os nove e os 14 anos. “Compreender a percepção que este público-alvo tem sobre o fenómeno de ‘cyberbullying’ e quais as necessidades sentidas para prevenir e lidar com a problemática” é o objectivo do projecto, explica Armanda Matos, citada pela UC.

Apostar na sensibilização

O estudo demonstrou que “há muito trabalho a fazer para prevenir o fenómeno, nomeadamente ao nível da sensibilização das crianças e dos adolescentes para os potenciais riscos da comunicação mediada pelas tecnologias”, acrescenta a especialista da UC em educação para os media.

“Os participantes no estudo revelam, por exemplo, que partilham informação privada nos seus perfis de redes sociais, e afirmam que têm necessidade de receber formação sobre as várias vertentes do problema, ou seja, receber formação, quer em termos de prevenção do ‘cyberbullying’, quer sobre o uso das tecnologias", sublinha Armanda Matos.

Por outro lado, os alunos afirmam “desconhecer se as suas escolas têm ou não medidas para prevenir e lidar com esta nova forma de violência”.

Por isso, adverte Armanda Matos, “é necessário um trabalho de consciencialização contínuo porque o ‘cyberbullying’ tem uma audiência muito mais ampla que o ‘bullying’ tradicional, pode ocorrer 24 horas, sete dias da semana e permite o anonimato (ou a ilusão de anonimato) a quem o pratica”.

Os recursos produzidos pelos investigadores dos oito países parceiros do projecto “fornecem conhecimentos básicos, conselhos práticos e orientações para ajudar alunos, pais e escolas a evitar os resultados indesejados deste fenómeno que, em Portugal, apresenta uma taxa de prevalência de 7,6% de vítimas”, de acordo com um estudo anterior, realizado também pela FPCEUC, sob coordenação de João Amado.

“Nestes recursos são facultadas abordagens e estratégias para motivar e envolver os diferentes públicos no uso mais seguro da Internet e na luta contra o ‘cyberbullying’”, sintetiza a docente da FPCEUC.

Comentários
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  • otário cá da quinta
    03 abr, 2017 coimbra 17:48
    Rapazes vamos ao vira .......! Pronto, mais um entretém!! E que mais vem por aí ! Trabalhar é o que estes meninos de 10 a 30 anos ( !!!!) ou mais precisam e não é passarem o tempo com esses vídeos e a comerem o que os outros produzem. Eu com os meus quase 80 anos, diabético e quase sem a totalidade das pernas é aqui e pouco mais onde me distraio, porque se tivesse pernas, aiiiiiiiiiiiii!

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