05 abr, 2017 - 07:39
O Governo russo diz que foi uma fuga de gás provocada por um ataque aéreo sírio a um depósito de armas químicas, numa zona controlado pelos rebeldes, na província de Idlib. O último balanço aponta para 72 mortos, dos quais 20 crianças, e 550 feridos.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que cita
fontes médicas e activistas, indica que alguns feridos do ataque, perpetrado
por aviões não identificados, apresentavam sintomas de asfixia, vómitos e
dificuldade de respirar.
O ataque já condenado por toda a comunidade internacional que pede o apuramento de responsabilidades.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se de urgência: Estados Unidos, França e Reino Unido querem que seja aprovada uma resolução a condenar o ataque químico na Síria.
Turquia culpa regime sírio
A Turquia responsabilizou o regime sírio de Bashar al-Assad pelo alegado ataque com armas químicas, afirmou o porta-voz da Presidência.
Ibrahim Kalin acrescentou que o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, telefonou ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, para qualificar o massacre de “inaceitável”.
Em declarações à cadeia televisiva NTV, Kalin afirmou: “O regime de Al-Assad perpetrou hoje um ataque contra civis em Idlib, na Síria. Condenamos este incidente, que equivale a um crime de guerra e a um crime contra a humanidade”.
A maior parte da província está sob controlo de facções rebeldes e islâmicas.
Nos últimos dias têm-se registado vários bombardeamentos, alegadamente com gases, no norte da Síria.
No passado dia 30 de Março, mais de 50 pessoas ficaram feridas ou com sintomas de asfixia devido a ataques com aviões e helicópteros não identificados, alguns com substâncias químicas, na província de Hama, vizinha de Idlib.