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Passageiro retirado à força de avião diz que foi pior que o Vietname

13 abr, 2017 - 18:33

David Dao partiu o nariz e dois dentes. Prepara-se para avançar com um processo judicial contra a companhia aérea norte-americana United Airlines.

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Passageiro retirado à força de avião partiu o nariz e dois dentes
Passageiro retirado à força de avião partiu o nariz e dois dentes

O passageiro retirado à força de um avião da United Airlines compara o incidente à experiência que viveu durante a guerra do Vietname. David Dao prepara-se para avançar com um processo judical contra a companhia área norte-americana

Os seus advogados adiantaram, em conferência de imprensa realizada esta quinta-feira em Chicago, que David Dao considera que a situação a bordo do avião foi ainda “mais terrível” do que o Vietname.

David Dao, de 69 anos, foi retirado à força pela polícia, porque a companhia vendeu bilhetes a mais, partiu o nariz e dois dentes, e sofreu uma concussão “significativa”.

O médico com dupla nacionalidade americana e vietnamita teve que ser hospitalizado numa unidade de cuidados de saúde de Chicago.

Na mesma conferência de imprensa, a filha, Crystal Dao, afirmou que a família ficou chocada e “enojada” com a forma como o pai foi tratada.

Passageiro retirado à força de avião por erro da companhia aérea
Passageiro retirado à força de avião por erro da companhia aérea

O momento em que David Dao foi arrastado pela polícia foi gravado em vídeo por outros passageiros e causou indignação um pouco por todo o mundo.

A United Airlines perdeu 800 milhões de dólares do valor na bolsa. Só em cinco dias, a empresa desvalorizou cerca de 755 milhões de euros.

Para tentar acalmar a polémica, o CEO da United Airlines já garantiu que não voltarão a ser utilizados polícias para retirar passageiros em overbooking.

Oscar Munoz referiu à ABC News que a empresa vai rever os procedimentos e que as regras vão ter de mudar.

Comentários
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  • Walter
    13 abr, 2017 Torres Novas 22:28
    Com toda essa atitude arrogante é natural que essas empresas americanas percam clientes e outras como a EMIRATES façam concorrencia acirrada.
  • h'ocanhão
    13 abr, 2017 Vila Real 22:17
    Pela informação a que tive acesso, considero o acto, REPUGNANTE. Repito, repugnante. Para uma empresa deste nível, atitude mais ordinária, não conheço.
  • Rui
    13 abr, 2017 Odivelas 22:17
    A gravidade neste caso nada tem a ver com o overbooking ( normal na maioria dos operadores turísticos ) mas com a forma desumana como este passageiro foi tratado ! Que um operador proponha a um passageiro ( já sentado no avião ) uma saída do mesmo em troco de uma compensação monetária, tudo bem desde que o passageiro em causa aceite . Caso contrário, este passageiro não pode ser obrigado a saír do avião e muito menos da forma como o foi ( a Companhia United Airlines tem de ser seriamente castigada pelos clientes e acionistas)
  • João filipe
    13 abr, 2017 Leiriá 20:49
    Este Senhor Oscar Munoz deve ser um lacaio da companhia aérea,se ele não sabe as desculpas não se pedem evitam-se..Agora quer se limpar e limpar a companhia mas o mal está feito
  • 13 abr, 2017 20:45
    O overbooking é um mal de todas as Companhias aéreas. O grande problema é que as companhias não distinguem os dias e as horas de ponta para fazer os overbookings. Assim há horas mortas durante as 24 horas em que o overbooking não causa problemas; mas nas horas de ponta, inicio da manhã e final do dia essa situação deveria ser revista e não aceitar overbookings. Igualmente o sábado a partir do meio dia até domingo ao meio da tarde os overbookings podem ser aceites em grande problema.A situação para qualquer pessoa que faça viagens dentro dos Estados Unidos sabe que isso é norma. Não sei qual o espanto desta noticia, que de certeza a United tinha outros voos no imediato. Poderiam sim ter em consideração as reservas mais antigas e as prioritárias.
  • José
    13 abr, 2017 Lisboa 19:40
    Cada vez mais as companhias aéreas fazem o que querem como grandes capitalistas que no fundo são! Felizes aqueles que não vivem no seio desta perversa sociedade de consumo!

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