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Caos na Venezuela. Portugal reforça meios dos serviços consulares

04 mai, 2017 - 00:22 • Elsa Araújo Rodrigues , Liliana Monteiro

Em declarações à Renascença, o ministro dos Negócios Estrangeiros garante que o Governo está a preparar um plano de urgência para ajudar os emigrantes portugueses.

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O Governo português reforçou os meios dos serviços consulares na Venezuela e há um plano caso seja necessário acudir aos emigrantes residentes naquele país, garante à Renascença o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

“Nós reforçámos os meios ao dispor dos nossos serviços consulares na Venezuela e estamos a acompanhar, em Lisboa, com toda a atenção e eficácia possível, o evoluir da situação venezuelana”, afirma o chefe da diplomacia portuguesa.

Augusto Santos Silva sublinha que Lisboa nunca interrompeu e está em contacto com as autoridades venezuelanas.

O Governo está a desenvolver esforços “em nome dos interesses da nossa comunidade residente, seja do ponto de vista do trabalho que todos temos feito no âmbito da União Europeia, seja do ponto de vista de termos prontos mecanismos de apoio, de auxílio, de urgência que venham a revelar-se necessários”, garante o ministro.

A situação na Venezuela agravou-se nas últimas semanas, com a oposição a manifestar-se nas ruas contra o Presidente Nicolas Maduro e a grave crise económica que assola aquele país sul-americano.

De acordo com o último balanço, pelo menos 34 pessoas morreram em confrontos, numa altura em que Maduro convocou uma assembleia popular para alterar a Constituição.

Lusodescendente teme "povo contra o povo"

A Renascença falou com Rafael Gomes, presidente do Centro Português em Caracas. O lusodescendente conta que os manifestantes estão na rua contra a convocação da Assembleia constituinte “para dissolver a Assembleia da República”.

“A maioria do povo não está de acordo com a proposta que o Presidente está a fazer, que está dentro da Constituição. Ele quer tomar o poder da Assembleia da República, porque o Presidente actualmente não tem a maioria do seu lado”, explica Rafael Gomes, segundo o qual uma “parte da população” teme a instauração de uma ditadura.

Rafael Gomes nasceu na Venezuela, é filho de pais portugueses, tem todas a família e vida neste país. Diz que só abandona Caracas em última instância e que será o último a apagar a luz.

Perante o aumento da tensão, o presidente do Centro Português em Caracas só teme “uma revolta social, do povo contra o povo”.

Esta quarta-feira ficou marcada por novos confrontos nas ruas da capital. A mais recente vítima mortal é um jovem de 17 anos, que foi atingido com um objecto contundente no pescoço.

Mais de 200 pessoas ficaram feridas numa manifestação que tinha como destino a Assembleia Nacional.

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  • Miguel Botelho
    04 mai, 2017 Lisboa 20:16
    É uma pena a Renascença apenas transmitir as mentiras acerca da Venezuela, em vez de contar as verdades, como a pouca vergonha que se está a passar entre a oposição venezuelana que inventa factos, como a morte de Leopoldo López ou o ferimento grave na cabeça de Freddy Guevara (tudo invenções de Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López), como também não ter explicado que a presidência de Maduro, através da polícia e o exército terem capturado 4 chefes de bandos terroristas e imenso material bélico, pronto para tentar uma guerra civil neste país. Porque é que a Renascença apenas transmite as mentiras? É uma questão que se põe.
  • Carlos Marques
    04 mai, 2017 Aveiro 12:03
    O 70% da população esta contra o presidente, mesmo boa parte dos que apoiavam o chavez. O problema maior são as bandas armadas que existem em todos os estados do pais e foram criadas pelo chavez, agora aproveitadas pelo maduro, para semear o terror nas ruas. As Forças armadas foram corrompidas, principalmente os generais; a esperança são os comandos medios. Só há um componente disposto a reprimir, a guarda nacional bolivariana, junto à policia que, inclusive, fazem o trabalho em coordinação com as bandas. O exercito, a aviação, a armada, estão à esperinha. Poderia dizer muito mais. Peço aos media portugueses que investiguem a fundo o drama que vive aquele pais e ao governo portugues que não venda os seus principiios democraticos, sem animos de ofender
  • verdade
    04 mai, 2017 aveiro 11:12
    Esta cara não me é estranha Gordinha, tem semelhanças com o da Coreia do Norte
  • Mafurra
    04 mai, 2017 Lisboa 10:21
    Hão-de ser SEMPRE os comunistas a arranjar estes problemas. A esta hora já devem estar satisfeitos com a porcaria e a infelicidade que provocaram na Venezuela. Entraram com "pézinhos de lã", muito "democráticamente", mas logo que se apanharam a governar escavacaram o que encontraram. Nem papel higiénico já há. A inflação atinge valores astronómicos. Ainda não houve um único país, um que fosse, por eles governado que lhes pudesse servir de exemplo. E fazem sempre tudo em nome do povo que espezinham...

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