18 mai, 2017 - 16:12
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a usar o Twitter para se queixar de estar a ser vítima da “maior caça às bruxas” da história da política americana.
Trump refere-se ao investigador especial que foi nomeado para investigar as alegadas interferências da Rússia na campanha presidencial americana. O objectivo é averiguar até que ponto a campanha de Donald Trump colaborou com essa ingerência.
O Presidente já tinha dito que não se importava que houvesse esta investigação, defendendo que ela apenas iria “confirmar o que já sabemos: que não houve qualquer cumplicidade entre a minha campanha e qualquer entidade estrangeira”.
Esta quinta-feira de manhã, contudo, Trump recorreu ao Twitter para manifestar a sua irritação. “Com todos os actos ilegais cometidos pelas campanhas de Clinton e pela administração Obama, nunca foi nomeado um investigador especial”, afirmou.
“Esta é a maior caça às bruxas de um político na história dos Estados Unidos!”, concluiu.
Outros políticos, porém, de ambos os lados do espectro partidário, saudaram a criação do investigador especial. O congressista Charlie Dent, republicano, disse, em declarações à CNN, não haver dúvidas sobre a interferência russa, mas que o objectivo da investigação era perceber se tinha havido cumplicidade.
“Espero que não tenha havido, mas se houve, as consequências serão muito sérias”, disse o congressista republicano.
Já o democrata Dick Durbin diz que Trump só se pode culpar a si mesmo. “Não se trata de uma caça às bruxas”, disse, também em declarações à CNN, defendendo que o importante será apurar os factos.
[Notícia corrigida às 19h10]