23 mai, 2017 - 17:08
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O bombista suicida responsável pelo atentado de segunda-feira em Manchester que fez 22 mortos e pelo menos 59 feridos numa sala de concertos foi identificado como Salman Abedi, 22 anos, confirmou esta terça-feira o comissário da polícia de Manchester, Ian Hopkins.
Salman Abedi nasceu em Manchester, em 1994, filho de pais líbios fugidos ao regime de Muammar Kadhafi que se refugiaram no Reino Unido, primeiro em Londres e depois no bairro residencial periférico de Fallowfield, no sul de Manchester, nos últimos dez anos.
"Era um jovem muito discreto, sempre muito respeitoso para comigo", testemunhou um cidadão líbio de Manchester citado pelo jornal "The Guardian". "O seu irmão Ismael era muito sociável, mas Salman [Abedi] era muito reservado", acrescentou.
Em conferência de imprensa, o comissário da polícia de Manchester apelou à unidade das comunidades locais. "Se alguma comunidade vier a ser vítima de crime de ódio, deve reportá-lo de imediato à polícia", disse. "Agora mais do que nunca, é fundamental que as nossas diversas comunidades permaneçam unidas - não vamos tolerar o ódio."
Foram realizadas duas buscas, uma em Whalley Range e outra em Fallowfield, onde foi feita uma explosão controlada, informou o comissário.
De acordo com a agência Reuters, que cita três fontes da administração norte-americana, Salman Ramadan Abedi terá viajado de comboio de Londres, a capital do Reino Unido, para a cidade do norte do país.
O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico, mas a cadeia de televisão norte-americana CNN nota que o comunicado do grupo terrorista não menciona o nome do atacante, nem inclui qualquer elemento que comprove a reivindicação do ataque.
Não foi ainda esclarecido se o ataque fará parte de uma operação terrorista de autoria alargada ou se o bombista actuou por iniciativa própria. A questão é tida como "prioridade" na investigação da polícia britânica, sublinhou Ian Hopkins na mesma conferência de imprensa.
Foi detido esta terça-feira em Chorlton, no sul de Manchester, um homem de 23 anos suspeito de ligação ao atentado.
Foi detonada uma bomba caseira na entrada do Manchester Arena às 22h33 na segunda-feira durante um concerto da "popstar" norte-americana Ariana Grande. O acto foi classificado pela a primeira-ministra Theresa May como “doentio”.
[notícia actualizada às 23h07]