23 mai, 2017 - 07:12
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Terá sido um único homem a levar a cabo o ataque que, na segunda-feira à noite, matou 22 pessoas e feriu outras 59 à entrada da Arena de Manchester, onde tinha decorrido um concerto da artista Ariana Grande.
Segundo as últimas informações da polícia, transmitidas esta terça-feira de manhã aos jornalistas, o atacante terá morrido no local quando detonou o engenho.
“Acreditamos, nesta altura da investigação, que o ataque de ontem à noite foi levado a cabo por um homem. A prioridade agora é perceber se agiu sozinho ou como parte de uma rede”, afirmou o chefe da polícia de Manchester, Ian Hopkins.
“O atacante morreu no local. Acreditamos que tinha consigo um engenho explosivo improvisado, que depois detonou”, acrescentou na comunicação aos jornalistas.
Ian Hopkins adiantou ainda que há crianças entre as vítimas mortais e pediu a todos que tivessem informações ou imagens que possam ajudar na investigação, que as passem à polícia.
Esta terça-feira de manhã, a primeira-ministra britânica, Theresa May, preside à reunião da Comissão Cobra, que é accionada em situações de crise e inclui representantes de forças da polícia e de outras autoridades.
Segundo a governante, o incidente está a ser tratado como um atentado terrorista, sendo já considerado o mais mortífero na Grã-Bretanha desde Julho de 2005, quando quatro muçulmanos britânicos suicidas mataram 52 pessoas.
O ataque ocorreu na segunda-feira à noite, no final de um concerto de Ariana Grande. Um explosivo foi accionado à entrada da Arena de Manchester, uma das maiores salas de espectáculo de Inglaterra, num espaço onde muitos pais esperavam pelos filhos que saiam do concerto.
O recinto alberga 21 mil pessoas e estava cheio.
Responsabilidade por apurar
O ataque na Arena de Manchester ainda não foi reivindicado, mas algumas autoridades norte-americanas citadas pela agência Reuters comparam o sucedido aos ataques de Novembro de 2015, na sala de espectáculos francesa Bataclan.
Na altura, uma série de explosões em Paris provocou 130 mortos. O atentado foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
A Grã-Bretanha encontra-se no segundo nível de alerta terrorista – o nível “severo”, em que a ocorrência de um atentado é considerada como muito provável.
Todos os dias, a polícia antiterrorista britânica faz detenções relacionadas com suspeitas de actos terroristas.