23 mai, 2017 - 11:14
Veja também:
A polícia britânica já sabe que foi o responsável pelo ataque na Manchester Arena, na segunda-feira à noite. A informação foi dada esta manhã aos jornalistas pela primeira-ministra britânica.
Após a reunião que manteve com a Comissão Cobra, departamento que reúne representantes das forças de segurança, Theresa May afirmou que a polícia "pensa já saber a identidade” do homem que explodiu o engenho à entrada daquela sala de espectáculos.
Contudo, “neste estado da investigação, ainda não podemos divulgar o nome”, acrescentou.
Nesta primeira conferência de imprensa, esta terça-feira de manhã, a governante condenou veementemente este “insensível ataque”, destacando-o dos outros pela sua cobardia.
“Todos os actos de terrorismo são ataques cobardes contra pessoas inocentes, mas este destaca-se pela sua doentia e assustadora cobardia, destinado a atingir jovens e crianças inocentes e indefesas, que deviam estar a aproveitar um dos mais memoráveis momentos da sua vida”, criticou.
Theresa May não tem dúvidas: o atacante quis causar “a máxima carnificina” quando escolheu o local e hora do crime. Este “foi um dos piores incidentes que experienciámos no Reino Unido. Apesar de não ter sido a primeira vez que Manchester sofreu algo do género, é o pior ataque que a cidade viveu e o pior de sempre no Norte de Inglaterra”.
Garantindo que as autoridades tudo irão fazer para levar os responsáveis à justiça, a primeira-ministra britânica elogiou todos quantos ajudaram a salvar vidas, “colocando a sua própria segurança em causa” e mostrou-se firme na luta contra o terrorismo.
“Nestes momentos, os políticos de todos os países condenam os atacantes e dizem que o terrorismo não vencerá. O facto de estarmos aqui hoje a dizer o mesmo não o torna menos verdadeiro”, garantiu.
Nos próximos dias, “vamos lembrar os que morreram e celebrar os que ajudaram, na certeza de que os terroristas nunca vencerão e que os nossos valores sempre prevalecerão”, frisou.
Nível de alerta em “severo”
O nível de alerta terrorista vai manter-se “severo” no Reino Unido. “Tal significa que a probabilidade de acontecer um atentado é muito alta”, explicou Theresa May.
A primeira-ministra resumiu depois a informação conhecida do ataque: “Às 22h33, a polícia recebeu um alerta da explosão na Arena de Manchester, perto da estação de comboios de Victoria”.
“Sabemos que um único terrorista explodiu um engenho artesanal à entrada, escolhendo esse local para causar a maior carnificina possível”, prosseguiu, adiantando que, “além do atacante, morreram 22 pessoas”.
Os 59 feridos estão a ser tratados em “oito hospitais” e alguns deles “correm risco de vida”.
Este foi o último atentado terrorista em solo europeu. Aconteceu no final do concerto da cantora norte-americana Ariana Grande, na altura em que milhares de jovens e crianças se preparavam para abandonar o local.
A cantora já se manifestou “devastada” e “sem palavras” na sua conta do Twitter.
O ataque deverá ser discutido na cimeira da NATO que se realiza no dia 25 em Bruxelas e na qual irá estar o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.