26 mai, 2017 - 20:53
O Egipto realizou esta sexta-feira ataques aéreos contra a Líbia. O alvo foram campos de treino dos atacantes que atingiram cristãos coptas.
O ataque foi ordenado pelo Presidente egípcio. Numa declaração televisiva, Abdel Fattah al-Sisi lançou um aviso: Estados que apoiem o terrorismo serão castigados.
Al-Sisi garantiu que o seu país "não vacilará em atacar campos de treino de terroristas", no Egipto ou no estrangeiro.
Segundo fonte militar, a força aérea egípcia realizou pelo menos seis ataques contra alvos perto de Derna, na parte oriental da Líbia.
O bombardeamento acontece horas depois de, pelo menos, 28 pessoas terem morrido no Egipto num ataque de homens armados a um autocarro que transportava cristãos coptas.
O atentado ocorreu na província de Minya, a sul do Cairo, e o autocarro dirigia-se ao mosteiro de S. Samuel, próximo da localidade de Al Adua.
Os cristãos coptas representam entre 10 e 12% da população egípcia e é em Minya que vive o maior número de fieis desta comunidade religiosa.
Em Abril, atentados contra duas igrejas coptas que causaram 45 mortos e foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O Papa já reagiu ao ataque desta sexta-feira contra cristãos no Egipto. Francisco mostra-se “profundamente entristecido ao saber do ataque bárbaro no centro do Egipto e da trágica perda de vidas e ferimentos causados por este acto de ódio sem sentido".
"Francisco expressa sua solidariedade sincera com todos os afectados por este violento ultraje”, lê-se no telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou o "odioso ataque" contra cristãos coptas no Egipto, numa mensagem enviada ao seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.