27 mai, 2017 - 12:16
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O Reino Unido baixou este sábado o nível de alerta terrorista para “severo”, anunciou a primeira-ministra, Theresa May. A decisão foi tomada na sequência do intenso trabalho desenvolvido pela polícia após o ataque de Manchester.
“Nas últimas 24 horas, a polícia tem estado muito activa e há agora 11 suspeitos sob custódia”, anunciou Theresa May.
Neste sábado de manhã, a polícia britânica anunciou a detenção de mais dois suspeitos de pertencerem à rede que apoiou Salman Abedi no atentado na Arena de Manchester, que matou 22 pessoas.
O bombista actuou sozinho, mas as autoridades desde logo quiseram investigar se seria apoiado por uma célula terrorista.
Nível “severo” de alerta significa que a ocorrência de um ataque terrorista no país é muito provável. Era neste nível que o país se encontrava até terça-feira, dia em que passou para “crítico” (quando a ocorrência de um ataque é considerada iminente) na sequência do atentado levado a cabo na Arena da cidade.
“As pessoas têm de manter-se vigilantes”, sublinhou a primeira-ministra.
Em resultado da redução o nível de alerta, os militares que se encontravam a apoiar a polícia vão ser retirados das ruas a partir das zero horas de segunda-feira.
Mais de uma dezena de detidos
São 11 os homens sujeitos a interrogatório na sequência do atentado na Arena de Manchester, mas o número de detidos é superior.
Segundo a agência Reuters, depois do anúncio das duas detenções, esta manhã, a polícia terá cercado uma grande área de Moss Side, no Sul de Manchester, e evacuaram várias habitações. Na operação esteve envolvida a unidade de minas e armadilhas.
Por esta altura, o balanço de detenções já era de 13 pessoas. Mas uma testemunha conta à Reuters que viu três homens a ser levados pela polícia, o que faria elevar o total para 15.
Na sexta-feira, um alto responsável do serviço de contraterrorismo britânico afirmou que a polícia estava confiante no trabalho que estava a desenvolver e que as autoridades tinham feito “imensos” progressos e atacado “uma grande parte da rede” que estará por trás do atentado.
Alguns dos detidos já terão sido libertados.
Segundo o jornal “The Times”, foram identificados 23 mil jihadistas a viver na Grã-Bretanha pelos serviços secretos.