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EUA fora do Acordo de Paris. O mundo reage ao anúncio de Trump

01 jun, 2017 - 22:56

A decisão do Presidente norte-americano de rasgar o entendimento sobre alterações climáticas está a ser condenado pela comunidade internacional. A União Europeia rejeita negociar o Acordo de Paris, Obama acusa Trump de "rejeitar o futuro".

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Cinco momentos de Trump no adeus ao Acordo de Paris
Cinco momentos de Trump no adeus ao Acordo de Paris

“Acreditamos no impulso gerado em Paris, em Dezembro de 2015, e acreditamos firmemente que o Acordo de Paris não pode ser renegociado, pois é um instrumento vital para o nosso planeta, sociedades e economias". Declaração conjunta da chanceler alemã, Angela Merkel; do Presidente francês, Emmanuel Macron; e do primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni

"Mesmo na ausência da liderança americana, mesmo quando esta Administração se junta a um pequeno grupo de nações que rejeitam o futuro, estou confiante de que nossos estados, cidades e empresas intensificarão e farão ainda mais para liderar o caminho e ajudar a proteger o único planeta que temos para as próximas gerações", defende o ex-Presidente norte-americano. Barack Obama, ex-Presidente dos EUA

“Vamos tornar o mundo grande outra vez. É um erro para os interesses dos Estados Unidos. Os EUA voltaram as costas ao mundo, mas a França não vira as costas aos EUA”. Emmanuel Macron, Presidente de França

"Make our Planet Great Again". A resposta de Macron a Trump
"Make our Planet Great Again". A resposta de Macron a Trump

A primeira-ministra britânica, Theresa May, manifestou numa conversa telefónica com Donald Trump “o seu desapontamento com a decisão e sublinha que o Reino Unido continua empenhado no Acordo de Paris”.Gabinete de Theresa May.

"É uma evidência tão óbvia a necessidade de olhar para as alterações climáticas que bem pode haver quem se considere importantíssimo no mundo que negue isso que não altera a realidade. A realidade é o que é. E vai ser o que é, e não pára por causa de uma posição isolada, por muito importante que se considere". Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

“É uma decisão muito negativa, grave e preocupante. O compromisso português não muda, que é em 2050 sermos um estado neutro do ponto de vista das emissões carbónicas, o compromisso europeu certamente também não muda, temos ouvido muitas outras potências económicas, como a China, a dizer que vão perseverar neste compromisso, portanto não vejo o que há aqui para negociar. Não há aqui nada para negociar”. João Pedro Matos Fernandes, ministro português do Ambiente

O Acordo de Paris vai perdurar. O mundo pode continuar a contar com a Europa para a liderança global na luta contra as mudanças climáticas. A Europa liderará políticas climáticas ambiciosas e através do apoio contínuo aos pobres e vulneráveis”. Miguel Arias Cañete, comissário europeu responsável por questões climáticas

"É uma grande desilusão para os esforços globais para reduzir as emissões de gases com efeito estufa e de promoção da segurança global. O secretário-geral da ONU, António Guterres, continua confiante de que as cidades, os estados e as empresas dos EUA – juntamente com os outros países – vão continuar a demonstrar visão e liderança, trabalhando em prol de um crescimento económico resiliente e baseado em baixas emissões de dióxido de carbono, que permitam criar empregos e mercados de qualidade pela prosperidade do século XXI”. Stephane Dujarric, porta-voz das Nações Unidas

O Canadá está “profundamente desapontado” com a decisão de Donald Trump. Catherine McKenna, ministra canadiana do Ambiente

“Vou deixar o Conselho Presidencial. As alterações climáticas são uma realidade. Deixar Paris não é bom para a América nem para o mundo”. Elon Musk, presidente da Tesla e da SpaceX

Comentários
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  • JMC
    03 jun, 2017 USA 03:54
    Horacio: Bem escrito e dito! Subscrevo plenamente os dados delineados no seu comentário. Sendo um cidadão americano, sofro por aqueles que votaram em Trump. Sofro por meu país, tal como sofreram os cidadãos portugueses durante a ditadura do Estado Novo. Este meu país escolheu como presidente um tipo de “contabilista mafioso” para reforçar o sistema económico. Para já, teremos de aturar e sobreviver! Com fé em Deus, todos nós dos dois lados do Atlântico iremos prevalecer! A verdade de Trump por aqui virá ao de cima em breve.
  • Horacio
    02 jun, 2017 Lisboa 13:05
    O que está a acontecer só é surpresa para quem não segue a trajetória de Trump. Quem segue as suas burrices a muitos anos já sabia que isto vai ser um desastre. Nos anos 80 Trump estava constantemente a dizer asneiras em nova York . Ele era visto por outros empresários como um palhaço que ia acabar com a fortuna que o pai lhe deixou .e logo em seguida depois de vários maus negócios ( Trump shuttle, Trump casinos,Trump publishing etc) ele abriu falência .e estava para perder tudo .os bancos e a irmã que também herdou uma fortuna o salvaram. Mas ele perdeu o controle dos caninos e de vários outros negócios a sorte dele foi um novo fenómeno estava a surgir o culto a celebridade .E Trump e seus escândalos e divórcios eram consumidos por a média é o público.tal como Paris Hilto e as Kardashians ele se tornou um reality star da televisão e começou a cultivar uma imagem de sucesso .ganhou bastante dinheiro alugando o seu nome a vários empreendimentos tal como as kardashians . Depois usou a celebridade para se lançar na política sem nenhuma preparação . com um discurso populista com tons racistas convenceu os republicanos a votarem nele apesar da sua incompetência. Os escândalos as controvérsias a incompetência vão ser a marca deste governo porque Trump sempre foi isso. Só não sabe disto quem não acompanhou a sua história.
  • Este gajo
    02 jun, 2017 Lis 10:33
    É loiro e é burro! O dinheiro nem sempre dá inteligencia a quem por ADN já é burro por natureza! Como é possivel um animal destes chegar a presidente de um país que controla o mundo. Muitos burros também votaram nele!
  • tito
    02 jun, 2017 porto 08:36
    A seguir irâo as Lajes.Processo iniciado por Obama.Trump n fez mais do que acentuar as reservas de OBAMA.Este assinou o acordo e não retificou o Tratado quando pode.Além do mais está a cumprir o programa ganhador das eleições o que não acontece com muitos políticos.,anunciam um promissómetro pré-eleitoral e depois fazem contrário . O acordo ficou ferido de morte anunciada e os gastos na ONU serão tb para terminar ou reduzir substancialmente.

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