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Donald Trump nomeia antigo procurador-geral adjunto para novo director do FBI

07 jun, 2017 - 13:18

O Presidente norte-americano nomeou o advogado Christopher Wray para substituir James Comey, despedido por Trump no dia 9 de Maio.

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Christopher A. Wray, antigo procurador-geral adjunto, sucede a James Comey na liderança do FBI, demitido pelo Presidente Donald Trump na sequência da polémica do alegado envolvimento da Rússia na campanha presidencial republicana.

A informação foi avançada por Donald Trump no Twitter. “Vou nomear Christopher A. Wray, um homem com um currículo impecável, como novo director do FBI”, escreveu o Presidente dos Estados Unidos.

O anterior presidente do FBI foi demitido no início de Maio. A demissão gerou muita controvérsia, tendo o Presidente norte-americano sido alvo de críticas pelo facto de estar alegadamente a condicionar uma investigação delicada. Comey vai testemunhar esta quinta-feira no Senado, onde vai esclarecer as conversações que manteve com Donald Trump.

James Comey, de 56 anos, foi nomeado pelo antigo Presidente democrata, Barack Obama, para a direcção do FBI. Depois da tomada de posse do novo Presidente, garantiu-lhe apenas “honestidade”, o que lhe terá custado o afastamento do cargo.

O novo chefe do gabinete de investigação federal, Christopher A. Wray, foi nomeado pelo antigo Presidente George W. Bush como procurador-adjunto, com a tutela do departamento criminal, cargo que ocupou até 2005.

O caso Enron

Formado em Direito na Universidade de Yale, Wray esteve à frente da Enron Task Force, a equipa governamental encarregue de investigar a falência da gigante energética norte-americana.

A falência da Enron, uma das empresas líderes no mundo em distribuição de energia e comunicações e que chegou a empregar 21 mil pessoas, foi investigada durante anos, num processo descrito pela imprensa especializada dos EUA como uma operação completamente falhada e "humilhante".

"O que é incrível sobre o colapso da Enron é que já houve um tempo em que uma falência desta dimensão não precisava necessariamente de resgates nem suscitava o receito de colapsos sistémicos", lê-se num artigo de arquivo da revista Business Insider. "Os procuradores ganharam alguns troféus, mas, fundamentalmente, gastaram muito dinheiro e estragaram a vida a muita gente."

Como líder do departamento criminal, Wray liderou também investigações no âmbito das fraudes no sector financeiro, no sector da saúde, lavagem de dinheiro, corrupção e várias outras áreas, segundo o site da sociedade de advogados King & Spaulding, sediada em Washington, onde é, actualmente, sócio.

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