Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Opositor de Putin e mais de 200 manifestantes detidos em Moscovo

12 jun, 2017 - 12:21

O principal líder da oposição russa, Alexei Navalny, foi levado pelas autoridades quando se preparava para participar na manifestação “não autorizada” convocada para as ruas de Moscovo.

A+ / A-

O principal líder da oposição russa, Alexei Navalny, foi detido à porta de casa quando se preparava para participar na manifestação “não autorizada” convocada para as ruas de Moscovo, esta segunda-feira. A informação é avançada pela esposa de Navalny, Yulia Navalnaya, através do Twitter.

"Olá, sou Yulia Navalnaya. Alexei foi detido na entrada do prédio. Pediu que informasse que os nossos planos não mudaram: Tverskaya", pode ler-se na conta oficial do activista russo, numa referência ao local para onde estava marcado o início dos protestos contra a corrupção no país.

Segundo a Reuters, a polícia russa já deteve pelo menos 200 manifestantes no centro de Moscovo.

As autoridades de Moscovo autorizaram a manifestação numa zona distante centro da cidade, mas Navalny alterou a localização dessa manifestação para uma das ruas mais movimentadas da cidade, a Tverskaya, perto do Kremlin. A decisão foi tomada depois de o activista ter denunciado uma pressão por parte das autoridades para que empresários não fornecessem materiais de som e de vídeo aos manifestantes.

A detenção do principal líder da oposição não impediu os manifestantes de se dirigirem para as ruas de Moscovo. As imagens em directo divulgadas nas redes sociais mostram centenas de manifestantes nas ruas, vigiados por um forte aparto policial.

Segundo a agência Reuters, foi usado gás pimenta para afastar os manifestantes.

A decisão de mudar o local das manifestações para uma rua central de Moscovo tinha já levado o procurador-geral russo a lembrar os cidadãos que o protesto serial ilegal e que as autoridades estavam autorizadas a "tomar todas as medidas necessárias" para evitar a desordem.

"Quero viver num Estado democrático moderno"

A afluência à manifestação convocada para esta segunda-feira é vista pelos analistas como uma forma de "medir o pulso" ao apoio que Navalny poderá ter para enfrentar Putin nas urnas, que acontecem dentro de um ano.

"Quero mudanças. Quero viver num Estado democrático moderno e quero que os nossos impostos sejam convertidos em estradas, escolas e hospitais", defendeu o advogado de 41 anos nas redes sociais, quando decidiu convocar esta manifestação.

Tido como o principal rosto da oposição russa desde 2011, Navalny já liderou várias manifestações contra o regime de Vladimir Putin. Em Março deste ano, 60 mil pessoas juntaram-se a Navalny nas ruas de Moscovo contra um caso de corrupção ligado ao primeiro-ministro, Dmitry Medvedev. Foram então detidas mais de mil pessoas.

No final de Abril, o político russo foi alvo de um ataque que o deixou praticamente cego depois de ter sido atacado com um líquido verde tóxico.

[Notícia actualizada às 15h40 com contagem de número de detidos mais recente]

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • otário cá da quinta
    12 jun, 2017 coimbra 21:27
    QUEM O INIMIGO POUPA EM SUAS MÃOS MORRE.
  • FILHO De putin
    12 jun, 2017 lX 19:33
    É a democracia da Rússia com o ditador Putin no seu melhor...O PCP ainda virá louvar esse facínora chamado Putin..Viva o xuxalismo e o comunismo kamaradas...Quem se mete com o filho de putin acaba no jardim das tabuletas à boa maneira soviética...Jerónimo amigo o Putin está contigo...
  • PCP ENGOLE SAPOS
    12 jun, 2017 Lx 17:17
    Ao kamaradas Jerónimo e Katrina nem uma palavra desta ditadura feroz como ainda da ditadura na Venezuela, dois belos exemplos de falta de democracia. Nem uma palavra desses bandalhos das esquerdas unidas...Uns pantomineiros e uns fantoches ipores do que fascitas não é kamaradas
  • Amilcar
    12 jun, 2017 lisboa 16:50
    Num estado democrata pode existir partidos e pensamentos comunistas ... num estado comunista não há espaço para parttidos democratas e pensamentos democratas ... para mim este pensamento fáz sentido ... e para ti?
  • Toninho Suarovzki
    12 jun, 2017 Alpendurada 13:56
    Vejam o que nos espera quando o bloco e o partido comunista tomarem o poder ...

Destaques V+