22 jun, 2017 - 22:27
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Os líderes da União Europeia adoptaram, esta quinta-feira à noite, os critérios para a escolha das cidades que acolherão as sedes das agências europeias actualmente em Londres, uma das quais a do Medicamento, que Portugal quer receber. A eleição está agendada para Novembro.
"Acordado. A UE27 irá decidir em votações em Novembro a recolocação das agências da UE actualmente no Reino Unido. Confirma a unidade da UE27. Reduz a incerteza do Brexit", escreveu o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, na sua conta na rede social Twitter.
Numa sessão de trabalho esta quinta-feira, a 27 - já sem a primeira-ministra britânica Theresa May na sala -, os chefes de Estado e de Governo da UE aprovaram um documento sobre o procedimento que será seguido para a decisão sobre a recolocação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), à qual Portugal concorre, e a Autoridade Bancária Europeia (EBA), no contexto da saída do Reino Unido da União.
De acordo com as regras agora formalmente adoptadas, os Estados-membros interessados devem apresentar as candidaturas até 31 de Julho próximo, após o que a Comissão Europeia procederá a uma avaliação, tendo em conta os critérios agora endossados pelo Conselho Europeu. A decisão final - numa votação na qual participarão os 27 Estados-membros - ficou agendada para Novembro (e não Outubro, como estava inicialmente previsto).
Entre os seis critérios que serão tidos em conta na apreciação das candidaturas conta-se um, a "desejável distribuição geográfica das agências", que à partida é desfavorável a Portugal, pois o país já acolhe duas agências da UE, a de Segurança Marítima e o Observatório da Droga (ambas em Lisboa), enquanto vários Estados-membros não têm nenhuma.
Os outros cinco critérios objectivos são a garantia de que a agência pode começar a operar na nova localização à data da saída do Reino Unido, assegurar que a instituição continua a ser "atractiva" em termos de recrutamento, a acessibilidade da localização, a existência de estabelecimentos de ensino adequados para os filhos dos funcionários da agência, e acesso apropriado ao mercado de trabalho, à segurança social e a cuidados médicos por parte dos cônjuges e filhos dos funcionários.
Portugal é candidato a acolher a EMA, tendo no passado sábado o Governo anunciado a reabertura do processo de candidatura - que contemplava apenas Lisboa - de forma a incluir também a cidade do Porto, pelo que até final de Julho terá que decidir qual das duas cidades vai apresentar na sua candidatura nacional.