23 jun, 2017 - 10:52
O incêndio na Torre Grenfell, em
Londres, não teve mão criminosa. A BBC, que cita um relatório sobre as primeiras conclusões do inquérito, diz que
tudo começou num frigorífico.
Em causa está o modelo Hot Point
FF175BP, que está agora a ser alvo de novos testes por parte do fabricante.
Estas
conclusões vêm confirmar aquela que já era a hipótese tida como mais provável,
face aos testemunhos de residentes, para a origem do incêndio - a explosão de
um frigorífico. As autoridades britânicas falam num equipamento
"defeituoso".
O revestimento exterior também não passou nos testes de segurança. A superintendente da Polícia Metropolitanta de Londres, Fiona McCormack, admite haver matéria para avançar com acusações por homicídio no decorrer das investigações.
Setenta e nove pessoas foram dadas como mortas ou desaparecidas.
O Governo britânico já ordenou uma vistoria urgente a cerca de 600 prédios com determinados revestimentos. A confirmação foi feita quinta-feira pela porta-voz da primeira-ministra Theresa May. Os números dizem respeito apenas a Inglaterra. Aguardam-se dados para Escócia, Gales e Irlanda do Norte.
Surgiram suspeitas de que o revestimento acrescentado depois de obras na torre pode ter tido papel determinante no alastrar das chamas e na dificuldade para a saída dos habitantes.
Entre 400 e 600 pessoas viviam nos 24 andares do prédio, localizado no bairro de Kensington. As chamas fizeram 78 feridos, 10 dos quais em estado crítico.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, já tinha anunciado que serão disponibilizados cinco milhões de libras (5,7 milhões de euros) para ajuda de emergência às vítimas do incêndio em Londres.