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Mossul cheira a morte e está destruída

10 jul, 2017 - 18:28

No dia em que se declarou formalmente a libertação da segunda maior cidade do Iraque, começam a fazer-se as contas à reconstrução e à dimensão da tragédia humanitária.

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Mossul. Al-Abadi anuncia "vitória" da cidade "em ruínas"
Mossul. Al-Abadi anuncia "vitória" da cidade "em ruínas"

E depois de Mossul?


A descrição feita pelo jornalista da Reuters que se encontra em Mossul a cobrir a libertação da cidade pelas forças iraquianas não deixa grandes margens para dúvidas sobre o estado em que se encontra.

“O fedor a corpos ao longo das ruas de Mossul é uma recordação dos quase nove meses de combates urbanos que foram necessários para desalojar o Estado Islâmico desta cidade de 1.5 milhões de habitantes”, escreve, antes de conduzir a imaginação do leitor para os sete corpos de jihadistas que tentavam escapar e jazem perto da margem do mesmo rio Tigre onde se banham agora os soldados que controlam quase totalmente a cidade.

Esta segunda-feira, o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, declarou formalmente o fim da batalha por Mossul, confirmando a eliminação da última bolsa de resistência dos jihadistas. Os habitantes de Mossul que não fugiram ao longo dos últimos meses juntam-se às manifestações de alegria, mas já há quem esteja a pensar na magnitude dos esforços que serão necessários para reconstruir a cidade.

“Os combates podem ter acabado, mas a crise humanitária não”, diz a coordenadora para o trabalho humanitário da ONU no Iraque, Lise Grande.

“Muitas das pessoas que fugiram perderam tudo. Precisam de abrigo, alimento, cuidados de saúde, água, saneamento e 'kits' de emergência. Os níveis de trauma que estamos a ver são dos mais altos que existem. O que as pessoas passaram é quase inimaginável”, acrescenta.

Segundo os dados da ONU cerca de 920 mil civis fugiram das suas casas desde o início da campanha militar para libertar Mossul. Dessas, cerca de 700 mil ainda estão deslocadas.

A derrota do Estado Islâmico é um golpe muito grande para as aspirações do grupo terrorista, mas ainda existem algumas cidades e vilas nos arredores de Mossul sob seu domínio.

Comentários
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  • Éistoaímeu
    11 jul, 2017 dequalquerparte 12:08
    Oh mario guimarães o Sadam é que era mau?! E então todas aquelas mortes provocadas pelos produtos quimicos, ou já não te lembras do "Ali o Quimico" ??? A pior irresponsabilidade que poderia ter acontecido foi o incompetente do obama ter retirado logo as tropas, dando toda a liberdade aos ratos de esgoto "estado islâmico" para que pudessem dominar o país, as muitas cidades e matado milhares de pessoas, e ainda os milhares de deslocados. Este Obama vendo bem a coisa foi tão ruim como o bush. Um frouxo comodista.
  • Mário Guimarães
    11 jul, 2017 Lisboa 11:43
    Uma grande vitória amaricona ! Os árabes são tão burros que se matam entre si . O Saddam é que era mau ! Compare-se o número de mortos inocentes e não ,desde a invasão ianque e debaixo do Saddam (o tal das armas de destruição maciça).Veja-se a extensão da destruição no Iraque e compare-se com Saddam .Veja-se a publicidade com uma banda " I love Iraq " . Que amaricão lha terá dado ? Ou foi o Barroso?Lixo!
  • al
    11 jul, 2017 adelaide 01:30
    ... queres ver que ainda vai acabar por ser culpa do Mr. Trump !!???
  • Patricia
    10 jul, 2017 Lx 20:42
    O "Estado Islâmico " como os senhores escrevem é o quê? Realmente não se entende o que é que pretendem legitimar. É que só vejo isto no jornalismo português e é lamentável . O correcto seria o 'grupo estado islâmico ' ou algo que não servisse para naturalizar e legitimar algo que nunca existiu senão nas mentes pouco esclarecidas. O pior é que ajudar a difundir esta indignidade é pernicioso.
  • Elacoisas
    10 jul, 2017 Lx 19:02
    Agradeçam ao Obama pela retirada irresponsavel das tropas

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