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Manifestações proibidas na Venezuela

27 jul, 2017 - 21:38

Governo ameaça prender quem perturbar as eleições de domingo para a assembleia constituinte.

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O Governo venezuelano proibiu a realização de manifestações a partir de sexta-feira e advertiu sobre penas de prisão de cinco a dez anos para quem perturbe as eleições da Assembleia Constituinte, agendadas para domingo.

A medida foi anunciada pelo ministro venezuelano do Interior e Justiça, Néstor Reverol, e entra em vigor no mesmo dia em que a oposição pretende realizar uma "tomada" simbólica da cidade de Caracas, contra a Assembleia Constituinte promovida pelo Chefe de Estado.

"Proíbe-se, em todo o território nacional, as reuniões e manifestações públicas, concentrações de pessoas e qualquer outro ato similar que possa perturbar ou afectar o normal desenvolvimento do processo eleitoral", disse, através da televisão estatal venezuelana.

Segundo Néstor Reverol "quem organizar, sustenha, ou instigue à realização de actividades dirigidas a perturbar a organização e funcionamento do serviço eleitoral ou da vida social do país será penalizado com prisão de cinco a dez anos".

"Vamos ter, em todo o território, activos, 96 pontos para denúncias sobre delitos eleitorais", frisou.

Anunciou que está proibida também a venda de bebidas alcoólicas e artifícios pirotécnicos, assim como o porte de armas.

Segundo o ministro 142 mil funcionários dos organismos de segurança estão a ser distribuídos pelo país, para cuidar dos centros eleitorais e as Forças Armadas vão activar várias zonas de protecção especial temporária, entre as 00h01 horas de sexta-feira, até às 23h50 horas da terça-feira, 1 de Agosto.

Quatro mortos durante greve geral

Aumenta para quatro o número de mortos em confrontos nos dois dias de greve geral convocados pela oposição da Venezuela.

A última vítima conhecida é um homem de 49 anos que morreu, esta quinta-feira, durante uma manifestação no estado de Carabobo.

A greve, que termina esta quinta-feira, é um protesto contra a eleição da assembleia constituinte, marcada para domingo.

A eleição foi convocada pelo Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, que pretende alterar a Constituição do país.

Neste segundo dia de greve geral, muitas ruas do país permaneceram cortadas por barricadas e as pessoas evitaram sair à rua.

Nos bairros que apoiam Maduro e nas zonas rurais o cenário é diferente e a greve não contou com a adesão da maioria da população.

As manifestações a favor e contra o Presidente Nicolas Maduro intensificaram-se desde 1 de Abril último, depois de o Supremo Tribunal de Justiça divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do parlamento.

Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestam-se ainda contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita a 1 de Maio último pelo Presidente Maduro.

A oposição insiste que a Constituinte acabará com os restos de democracia que existe no país e que será usada pelo Governo para submeter aos interesses cubanos e avançar com um regime comunista ao estilo de Cuba.

Pelo menos 107 pessoas morreram, desde Abril, no âmbito dos protestos.

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  • Marco Visan
    29 jul, 2017 Lisboa 22:41
    Manifestações proibidas até ao dia 30 de Julho. Ao menos, digam a verdade, em vez de ajudarem a oposição mentirosa e fascista que existe na Venezuela. Escrevam acerca dos guardas que apareceram queimados vivos, em Lara.
  • Vasco
    28 jul, 2017 23:10
    O socialismo na sua autêntica liberdade!
  • joao123
    28 jul, 2017 lisboa 14:24
    A Venezuela precisava era de um sniper e depois já voltava à democracia a seguir ao enterro do Maduro...
  • Miguel Botelho
    28 jul, 2017 Lisboa 09:13
    Só não dizem que a maior parte dos 107 mortos são da autoria de elementos da oposição, como o caso dos «guarimberos» e «encapuchados». Ainda ontem, um médico da oposição lançou uma fotografia no «twitter» com oito bebés numa incubadora, dizendo que um dos hospitais venezuelanos tratava mal os seus recém nascidos. Nesse mesmo hospital, onde o médico da oposição dizia existirem maus tratos a bebés, descobriram que cada bebé tem direito a uma incubadora e que todos os recém nascidos trazem uma pequena cinta atada ao pulso. A fotografia não mostrava isso. Este caso, como muitos outros, demonstrou o enorme desespero desta oposição mentirosa e corrupta em querer chegar ao poder. A Sapo e a Renascença não mostraram as imagens do encerramento da campanha pela Constituinte. Essas imagens evidenciavam uma enorme vontade do povo venezuelano em seguir com a ANC. Por isso, a desinformação desta nossa comunicação social chega a ser tão lamentável, tal como foi no tempo de Salazar.
  • zita
    28 jul, 2017 lisboa 07:36
    Viva a democracia do "Maduro"

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