28 jul, 2017 - 16:18
O primeiro-ministro português e o Presidente de França têm uma "visão comum" para a reforma da União Europeia e estão dispostos a trabalhar em conjunto em matéria de segurança e defesa comum.
António Costa e Emmanuel Macron almoçaram, esta sexta-feira, na residência oficial do Eliseu, num encontro que, segundo Costa, possibilitou "novos avanços".
Para o primeiro-ministro português, o encontro “permitiu concretizar uma visão comum sobre a União Europeia e a prioridade à convergência económica para a estabilização da zona euro e para a reforma da União Económica e Monetária”.
“É sobre esta base sólida daquilo que já conseguimos construir em conjunto que podemos projectar novos avanços, nomeadamente no domínio da segurança e da defesa”, acentuou o chefe do Governo português.
António Costa assinalou que Portugal e França têm “uma visão comum sobre a sociedade que faz com que o valor da Europa social deva ser defendido em todos os domínios”, começando por dar o exemplo dos trabalhadores destacados.
Na breve declaração no final do almoço, o primeiro-ministro português salientou ainda que Portugal e França estão também de acordo para avançar “em conjunto nos ambiciosos objetivos do Acordo de Paris”, que considerou “essencial para controlar as alterações climáticas”
"É fundamental termos um melhor ‘mix’ energético e o reforço das interconexões entre a Península Ibérica, a França e o resto da Europa ajudará certamente todos a termos uma energia mais limpa, mais segura e, desde logo, contribuir para o objetivo do governo francês de reduzir em 50% a utilização da energia nuclear", afirmou.
O chefe do executivo português realçou ainda que a Europa que Portugal e França pretendem construir tem de se centrar nas “prioridades dos cidadãos”.
“Esta Europa renovada que queremos contruir tem de se centrar sobre as prioridades dos cidadãos. E as prioridades dos cidadãos são claras: segurança, emprego e confiança na capacidade de a Europa saber gerir os grandes desafios globais, sejam as alterações climáticas, sejam a globalização económica”, concluiu o primeiro-ministro, destacando ainda a o empenho de Portugal e França em consolidarem a recuperação das respetivas economias.