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Alta tensão na Venezuela. Emigrante português diz que maioria não quer Maduro

30 jul, 2017 - 18:45

Um forte dispositivo de segurança foi destacado para o local de uma manifestação da oposição em Caracas e há pessoas obrigadas a votar, relata Manuel Ponte.

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Português em Caracas relata dia de eleições
Português em Caracas relata dia de eleições

A maioria dos venezuelanos quer mudança e o afastamento do Presidente Nicolás Maduro, afirma à Renascença Manuel Ponte, emigrante português que está no país há 35 anos.

Para esta tarde está marcada uma manifestação da oposição a Nicolás Maduro para contestar a eleição deste domingo da Assembleia Constituinte.

Os principais líderes da oposição na Venezuela, entre eles enrique Capriles marcaram o protesto para uma das principais estradas de Caracas.

A polícia já está no local para travar o protesto, disse à Renascença Manuel Ponte, um português que vive há 35 anos em Caracas.

"A oposição convocou uma concentração numa das principais vias rápidas de Caracas, às 10h0 da manhã, mas o Governo já pôs lá polícia com tanques, polícia e carros antimotim para evitar isso”, relata Manuel Ponte.

O correspondente do jornal “El Mundo” refere que já se ouvem disparos de armas antimotim, para dispersar manifestantes. Há também relatos de feridos nos confrontos entre polícias e manifestantes.

Manuel Ponte trabalha num restaurante. Este domingo de manhã saiu muito cedo de casa e aquela hora não havia quase ninguém nas ruas.

“Sai muito cedo para trabalhar, tudo estava normal, em calma, o comboio estava a trabalhar, havia poucos autocarros de transporte de pessoas e havia muito pouco movimento de carros. Havia muito pouco movimento.”

Manuel Ponte conta que “no centro de Caracas havia muito poucas pessoas a votar, mas na parte dos bairros havia mais gente, porque são obrigados a votar”.

Há 35 anos na Venezuela, para já este português não pensa em sair do país.

Quanto à eleição para a Assembleia Constituinte, diz que Nicolás Maduro tem de perceber que o povo quer uma mudança.

“O Governo não ganha a votação, a não ser de uma maneira que não seja transparente, e eles têm que dar-se conta de que a maioria do povo venezuelano nãos os quer”, sublinha.

Os jornais dão conta de confrontos entre a polícia e algumas pessoas que se manifestavam nas ruas da capital venezuelana.

Cinco horas depois da abertura das urnas, o ministério público venezuelano anunciou que um dos candidatos à assembleia constituinte foi assassinado esta madrugada. O caso está a ser investigado.

Segundo conta o jornal venezuelano “El Nacional”, três pessoas morreram esta madrugada durante os protestos da oposição.

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi o primeiro a votar, uma votação que foi acompanhada em directo pela televisão estatal.

Nicolas Maduro explicou que quis ser o primeiro a dar o voto pela paz, soberania e independência da Venezuela.

Na Venezuela a oposição pediu à população para sair à rua apesar de o Governo ter proibido os protestos, e está já marcado para esta tarde um encontro entre os líderes da oposição para definirem uma estratégia comum.

Em Portugal também estão agendadas manifestações para este domingo à tarde, no Porto, em Lisboa e em Faro.

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  • Maioria?
    31 jul, 2017 Lis 09:39
    Qual maioria? Tanto quanto nos apercebemos a Venezuela está dividida e a dita oposição está a fazer um péssimo trabalho! Se Maduro é violento a oposição não lhe fica atrás.
  • Miguel Botelho
    31 jul, 2017 Lisboa 07:25
    Mais de 8 milhões de venezuelanos expressaram a sua vontade em querer uma Assembleia Nacional Constituinte para o seu país. Querem a paz e não querem uma guerra.
  • Paulo
    31 jul, 2017 Olhão 07:11
    " Manuel Ponte conta que “no centro de Caracas havia muito poucas pessoas a votar, mas na parte dos bairros havia mais gente, porque são obrigados a votar”. São obrigados a votar nos bairros mas não no centro? Mas consideremos que sim, que nos "bairros" toda a gente é obrigada a votar, e no centro não (?!?!?), também têm alguém nas cabines de voto, à frente de todos os outros eleitores, a verificar em que se vota ou abrem os boletins de voto antes de os inserir nas urnas, em frente de todos os outros eleitores, para verificar no que votaram ? Ou será que rasgam ou anulam todos os votos contra? Esta última hipótese tornaria estúpida a obrigatoriedade de votar.
  • Paulo
    31 jul, 2017 Olhão 06:46
    Nesse caso problema resolvido, tudo que têm a fazer será ir votar.
  • luis
    30 jul, 2017 Lisboa 19:22
    Os EUA querem meter a mandar na Venezuela um fantoche como eles tanto gostam. Mas os venezuelanos vão-lhes mostrar que quem manda na Venezuela são os venezuelanos.

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