30 jul, 2017 - 20:37
As eleições deste domingo na Venezuela para a Assembleia Constituinte estão a ser marcadas pelo boicote da oposição e confrontos nas ruas. As autoridades confirmam pelo menos seis mortos e vários feridos, mas a oposição fala em 14 vítimas mortais.
Apesar da ameaça de penas de prisão para quem se manifestante durante a votação, milhares de pessoas protestaram contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, que pretende mudar a Constituição do país.
Os partidos da oposição apelaram ao boicote e, de acordo com o correspondente do jornal “El Pais”, ser um fiasco tendo em conta o movimento nas ruas.
A agência Reuters indica que vários elementos da polícia ficaram feridos, Caracas, quando tentavam impedir uma manifestação.
As imagens mostram uma grande coluna de fogo e de fumo no meio de um grupo de elementos das forças de segurança.
A oposição afirma que a abstenção nestas eleições está a ser elevada, mas o Presidente Maduro afirmou que “haja chuva ou faça sol, haverá Constituinte”.
O presidente da Assembleia Nacional Julio Borges, disse que, até agora, só votaram 7% dos eleitores, cerca de 1,3 milhões de pessoas.
“Mas o Governo vai dizer que votaram 8,5 milhões de eleitores”, declarou, insinuando que haverá fraude eleitoral.
Em conferência de imprensa, Julio Borges afirmou que o Governo de Nicolás Maduro está a “cavar a sua sepultura”.
Borges afirmou que, pelo menos, 12 pessoas já morreram neste dia de eleições, um número que horas depois a oposição actualizou para 14.
As assembleias de voto deviam encerrar às 23h00 (hora de Lisboa), mas a comissão eleitoral prolongou o prazo por mais uma hora.
[notícia actualizada às 23h15]