Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Venezuela

Maduro foi o primeiro a votar num dia marcado por protestos e boicotes

30 jul, 2017 - 13:21

Marcelo Rebelo de Sousa considera que a votação deste domingo só vem dificultar o diálogo entre o Governo e a oposição na Venezuela.

A+ / A-
Nicolás Maduro. "Na Venezuela mandam os venezuelanos"
Nicolás Maduro. "Na Venezuela mandam os venezuelanos"

O Presidente venezuelano foi o primeiro a votar para as eleições da Assembleia Nacional Constituinte este domingo.

As urnas abriram às seis da manhã e a votação de Nicolás Maduro foi acompanhada em directo pela televisão estatal.

Maduro disse que quis ser o primeiro a dar o voto pela paz, soberania e independência da Venezuela.

“Hoje é um dia de recordação, celebração, de comemoração e de compromisso. Temos um legado muito grande a defender. O poder da constituição é um direito político do povo. Se nos querem proibir de votar, vamos votar ainda mais. Não há poder sobre a terra que impeça os venezuelanos de exercerem hoje o seu direito”, afirmou o líder venezuelano.

Mais de 19,8 milhões de venezuelanos estão inscritos para votar nestas eleições que são contestadas pela oposição a Nicolás Maduro, mas também pela comunidade internacional.

Anúncio da televisão estatal venezuelana, VTV, com uma breve explicação de como os eleitores devem proceder este domingo relativamente ao voto electrónico.
Anúncio da televisão estatal venezuelana, VTV, com uma breve explicação de como os eleitores devem proceder este domingo relativamente ao voto electrónico.

A oposição apela ao boicote total e pede aos seus apoiantes para irem para as ruas e dificultarem ao máximo a realização da consulta popular. Vários governos têm dito que não aceitam a legitimidade desta votação e Marcelo Rebelo de Sousa, em entrevista publicada este domingo pelo “Diário de Notícias” junta a voz ao coro de protestos.

O Presidente português diz que este acto eleitoral é uma alteração drástica à aplicação da Constituição e não facilita o diálogo entre o Governo e a oposição. “Temos de convir que isto é uma alteração drástica ao funcionamento normal e aplicação normal da Constituição. Nesse sentido a votação para a assembleia constituinte representa de facto a descontinuidade do calendário eleitoral previsto e não facilita o diálogo entre as partes”.

Em Portugal também estão agendadas manifestações para este domingo à tarde, no Porto, em Lisboa e em Faro.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • ALETO
    01 ago, 2017 Lisboa 14:50
    O Carlos Pereira é outro admirador de grupos terroristas de extrema direita. Ao que parece, tem uma fotografia do assassino de africanos, Daniel Roxo, em sua casa. O Carlos Pereira é um vergonha e qualquer dos seus comentários deve ser desprezado.
  • Marco Visan
    01 ago, 2017 Lisboa 07:44
    O Carlos Pereira não tem respeito por soberanias, quanto mais por si mesmo. Deve ter pertencido ao MDLP ou ao ELP. O Carlos Pereira é uma pessoa de levar e trazer.
  • Miguel Botelho
    31 jul, 2017 Lisboa 22:18
    O Carlos Pereira se fosse inteligente e seguisse com atenção o processo desta revolução na Venezuela, veria que das 110 mortes, mais de metade foram de pessoas afectas ao partido de Nicolás Maduro e civis. A mesma oposição também desnudou pessoas, atou-as a postes e árvores e torturou-as com requintes de selvajaria. É lógico que a comunicação social não divulgou estas práticas ou até a de incendiarem pessoas vivas. Cerca de 23 foram incendiadas, uma das quais por não acatar as decisões dos grupos formados pela oposição. Quanto ao 25 de Abril e à sua difamação sobre o PCP, ela fala por si mesmo. Para além de revelar ódio, também revela a qualidade de alguém que aceita ser uma besta humana.
  • Carlos Pereira
    31 jul, 2017 Lisboa 00:10
    Miguel Botelho caro comunista estava onde no 25 de Abril e depois.Quando Portugal esteve no principio de uma guerra civil foi a direita a causadora. Lembra-se das brigadas revolucionarias do PCP e dos outros grupos que hoje são o BLOCO.Lembra-se do roubo de G3 em Tancos.Lembra-se da tentativa de tomada do poder através de milícias armadas e do aproveitamento de máquinas de uma empresa de construção,onde era uma célula comunista que mandava e colocaram-nas.a barrar os militares que queriam travar a guerra civil que o PCP estava a seguir para assaltar o poder.Posso lhe escrever tudo e com mapas e nomes.Maduro está a fazer tal e qual o que o PCP fez cá.Por isso se sabe o que cá se passou veja que o métodos são iguais.E como comunista que deve ser devia estar quieto e não defender um comunista que semeia o terror para se manter no poder contra a maioria do povo Venezuelano. Tenha vergonha homem, e não defenda um terrorista que já mandou matar mais de 100 cidadãos.
  • Miguel Botelho
    30 jul, 2017 Lisboa 21:54
    O comentário de Carlos Pereira é a de um mentiroso que nem sabe dos factos da sua história. Quando é que neste país os comunistas tomaram conta de tudo? Mas tal como na Venezuela, a oposição também diz as mesmas mentiras e usa da violência para chegar ao poder, como foi o caso desta manhã ao ferirem cerca de 6 guardas da polícia, com uma bomba. De facto, Carlos Pereira, de bombas, sabotagens e mortes, muito percebe a direita do qual você faz parte.
  • Carlos Pereira
    30 jul, 2017 Lisboa 15:25
    Maduro o torturador do povo Venezuelano, já podia dizer qual vai ser o resultado.Até o número de votos. Comunismo puro e duro é assim.Eu lembro após 25 de Abril o que se passou.O PCP tomava conta de tudo.O Povo vivia com medo e votava a medo. Mas conseguiu-se libertar Portugal.Muita gente arriscou a vida e eu fui um deles.Por isso compreendo aquele povo da Venezuela.Espero que tenham determinação para derrotar esse ditador e assassino Maduro.

Destaques V+