31 jul, 2017 - 21:07
O conselheiro nacional de segurança da Casa Branca considera que “Nicolas Maduro não é só um mau líder, ele é agora um ditador”. H.R. McMaster leu uma declaração na Casa Branca.
Já o ministro norte-americano das Finanças confirmou que os Estados Unidos impuseram sanções jurídicas e financeiras sem precedentes contra o Presidente venezuelano, congelando os seus bens e classificando-o de "ditador", em resposta à eleição de domingo de uma Assembleia Constituinte em clima de violência.
"As eleições ilegítimas de ontem [domingo] confirmam que [Nicolas] Maduro é um ditador que despreza a vontade do povo venezuelano", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, citando em comunicado do seu departamento, no qual se anunciou um congelamento de "todos os bens" do Presidente venezuelano nos Estados Unidos.
As sanções impostas impedem ainda que os cidadãos americanos possam fazer qualquer negócio com Nicolas Maduro.
O impacto financeiro das sanções impostas não é perceptível, refere a Associated Press (AP), uma vez que não foi revelada a relação de bens do Presidente venezuelano nos Estados Unidos.
Os Estados Unidos condenaram firmemente no domingo a eleição da Assembleia Constituinte na Venezuela e prometeram "medidas fortes e rápidas" dirigidas ao governo do Presidente Nicolas Maduro.
"Os Estados Unidos condenam" esta eleição, "que põe em perigo o direito do povo venezuelano à autodeterminação", declarou, em comunicado, Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado.
De acordo com o Ministério Público venezuelano, pelo menos dez pessoas morreram, na sequência de confrontos, durante a jornada eleitoral para a Assembleia Constituinte, promovida pelo Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, e boicotada pela oposição.
Além dos Estados Unidos, a Colômbia, o Panamá, o Peru, a Argentina e a Costa Rica anunciaram já que não iam reconhecer a futura Assembleia Constituinte venezuelana. A Bolívia denunciou a submissão destes países ao governo norte-americano.
A convocatória para a eleição foi feita a 1 de Maio pelo Presidente, Nicolás Maduro, com o principal objectivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspectos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
A oposição venezuelana acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.
Pedida investigação