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Adiada tomada de posse de nova Assembleia Constituinte da Venezuela

03 ago, 2017 - 08:46

Manifestação marcada para hoje pode estar na origem da decisão. Nova Assembleia Constituinte saiu das eleições de domingo, cujo resultado não é reconhecido pela União Europeia.

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Foi novamente adiada a tomada de posse da Assembleia Constituinte da Venezuela. Primeiro, anunciou-se que a cerimónia iria ocorrer entre 24 e 72 horas a seguir às eleições, mas só deverá ocorrer na sexta-feira, quase uma semana depois.

A decisão do Presidente, Nicolas Maduro, foi justificada com a necessidade de tempo para uma melhor organização estrutural e logística do evento.

“Foi proposto que a instalação da Assembleia Constituinte, em vez de ser quinta-feira, seja organizada bem, em paz, com tranquilidade e com todo o protocolo necessário, na próxima sexta-feira às 11h00 (16h00 em Lisboa)", afirmou Maduro.

Na origem da decisão poderá estar a manifestação marcada para esta quinta-feira pela oposição, inicialmente agendada para quarta. Os manifestantes pretendem marchar até ao Parlamento venezuelano.

O Presidente anunciou, entretanto, uma mudança no seu Governo com a substituição do ministro dos Negócios Estrangeiros. Jorge Arreaza vai assim substituir Samuel Moncada.

A Assembleia Constituinte saída das eleições de domingo tem 545 membros eleitos, dos quais 173 são representantes sectoriais, 364 territoriais e oito indígenas, oriundos de várias regiões do país, indicou o Presidente.

O resultado do escrutínio não é, contudo, reconhecido pela União Europeia nem por Portugal e, na quarta-feira, a empresa responsável pelo apuramento dos resultados revelou que há um milhão de votos manipulados.

Nicolas Maduro já reagiu, afirmando que a empresa SmartMatic está a tentar manchar a nova Assembleia Constituinte. “Ninguém mancha este processo. É um processo auditável, antes, durante e depois", garantiu.

Segundo o Presidente venezuelano, "mais de 10 milhões de pessoas saíram às ruas [no domingo] e mais de oito milhões puderam votar, depois de enfrentar-se as barricadas".

Desde Abril que as manifestações contra e a favor de Nicolas Maduro se intensificam no país, tendo já provocado pelo menos 120 mortos.



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  • zé Carlos
    03 ago, 2017 GODIM 20:07
    O Senhor Botelho tenha vergonha dos comentários que faz pois ao criticar um órgão de comunicação social imparcial como e a Radio Renascença, demonstra vem o seu Comunismo ferrenho, coisa que não faz falta a Portugal ou em qualquer parte do Mundo. Ver só o que queremos, é feio e faz mal saúde.
  • Domingos
    03 ago, 2017 Viana Do Castelo 14:21
    Vergonha o comentário do Senhor Miguel Botelho. Apenas a "sua realidade" constitui a realidade.
  • João Lopes
    03 ago, 2017 Viseu 09:53
    Maduro é imaturo, inculto e pouco inteligente, mas desempenha bem o papel de ditador. A solidariedade obriga a que os marxistas e os partidos comunistas existentes no mundo, também os portugueses (PCP e Bloco) apoiem Maduro, um homem louco, sedento de poder, e que com os seus partidários maltrata o povo venezuelano.
  • Miguel Botelho
    03 ago, 2017 Lisboa 09:34
    É inacreditável a campanha da Renascença contra o processo da Constituinte na Venezuela. Esta é subitamente cortada por notícias, como a queda de uma avioneta na Caparica ou o julgamento de Ronaldo em Madrid. As notícias são sempre parciais e tons condenatórios contra o governo de Maduro. Entretanto, nada dizem de casas de «chavistas» incendiadas por elementos da oposição, nem da tomada de posição de Henry Ramos Allup (dirigente da AD e presidente da Assembleia Nacional) em concorrer nas próximas eleições regionais de Dezembro. Para além de provocatórias, as notícias dão sempre origem a comentários anti-comunistas primários, muito ao gosto das pessoas que estão à frente da Renascença. Uma vergonha.

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