11 ago, 2017 - 13:10
Veja também:
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, esta sexta-feira, no Twitter, que as "as soluções militares estão agora preparadas e carregadas para o caso de a Coreia do Norte agir de forma pouco sensata. Esperamos que Kim Jong-un escolha outro caminho".
O "tweet" de Trump foi publicado pouco depois de a agência de notícias estatal norte-coreana publicar um comunicado, acusando Trump de "levar a península coreana para a iminência de uma guerra nuclear".
São novos episódios numa guerra de palavras entre os dois países que subiu de tom esta semana.
Esta quarta-feira, Donald Trump voltou a ameaçar Pyongyang. A Coreia do Norte, disse, deve “acalmar-se” ou vai ter problemas “como poucas nações alguma vez viram”. Trump disse que que as ameaças que fez na terça-feira – "fogo e fúria como o mundo nunca viu" – não foram “suficientemente duras”.
"Caso a Coreia do Norte pense em atacar alguém que amamos ou representamos, nossos aliados ou nós, eles devem ficar muito, muito nervosos. Direi o seguinte. E eles devem ficar nervosos. Porque coisas irão acontecer com eles como nunca pensaram ser possíveis", acrescentou Trump.
As palavras de Trump foram depois amaciadas pelo secretário de Estado da Defesa, que disse aos jornalistas que os Estados Unidos ainda preferem uma via diplomática para lidar com a Coreia do Norte. Uma guerra seria "catastrófica", disse James Mattis, afirmando, porém, que os Estados Unidos estão "prontos" para responder a um acto hostil norte-coreano.
Quatro mísseis. Destino: Guam
O regime de Kim Jong-un apresentou, quinta-feira, planos detalhados para um ataque de mísseis perto de Guam, uma pequena ilha do Pacífico que é território norte-americano.
Guam, uma ilha tropical a mais de 3 mil quilómetros do sudeste da Coreia do Norte, é habitada por cerca de 163 mil pessoas. Neste território, há uma instalação da Marinha dos EUA que inclui um esquadrão submarino, um grupo da Guarda Costeira e uma base aérea.
Segundo o plano norte-coreano, os mísseis destinados a Guam atravessariam algumas das rotas marítimas e aéreas mais movimentadas do mundo.
A ameaça de Pyongyang a Guam surgiu depois de Trump prometer "fogo e fúria como o mundo nunca viu" se a Coreia do Norte continuar a ameaçar os Estados Unidos.
O Gabinete para a Defesa Civil de Guam publicou esta sexta-feira uma série de recomendações à população sobre a "iminente ameaça com mísseis" da Coreia do Norte. Entre os conselhos, estão a preparação para o abastecimento de material médico de emergência, procura de pontos de protecção e refúgio ou procedimentos sobre como isolar uma habitação em caso de ataque químico.
Segundo investigadores e analistas, a Coreia do Norte vai continuar a esticar a corda e a ameaçar os Estados Unidos porque o seu programa nuclear é um seguro de vida. Apesar da retórica agressiva, Kunihiko Miyake, investigador-chefe no The Canon Institute for Global Studies, acredita que “a Coreia do Norte não vai atacar. Eles não são suicidas”.