17 ago, 2017 - 22:11
O primeiro-ministro garante que até agora não existe "nenhum indicador" que justifique alteração do "nível de risco" em Portugal depois do ataque em Barcelona e adianta que o Governo não tem conhecimento de portugueses entre as vítimas.
"Os nossos serviços têm estado em contacto com as autoridades espanholas e até ao momento não há nenhum indicador que justifique alteração do nível de risco por parte do país", afirmou o chefe do executivo, António Costa, também em Castanheira de Pera.
Questionado sobre se entre as 13 vítimas mortais e os mais de 100 feridos já confirmados no ataque terrorista em Barcelona existe algum português, António Costa disse que, "até agora", o Governo não tem "qualquer indicação" nesse sentido.
O primeiro-ministro sublinhou ainda que o ataque demonstra, "mais uma vez, que a ameaça terrorista é uma ameaça global".
"Todos temos de estar preparados e temos sempre de nos ir aperfeiçoando", defendeu.
Costa lembrou que esta semana foi promulgado pelo Presidente da República "um diploma muito importante" que permite aos serviços de informações o acesso a dados de comunicações, os metadados.
"A experiência tem indicado ser uma ferramenta muito importante para, em vários pontos da Europa, terem sido evitados atentados", salientou.
António Costa admitiu, contudo, que "é impossível evitar" algumas situações, como a que aconteceu esta tarde em Barcelona, "mesmo com todo o arsenal de ferramentas".
Mas, insistiu, "quanto mais e melhores forem os recursos" para prevenir, "menor é o risco".
Ao final da tarde, o Presidente da República e o primeiro-ministro enviaram uma mensagem conjunta ao chefe do executivo espanhol e ao rei de Espanha manifestando "total solidariedade" e condenando o "ato terrorista" de Barcelona.
O ataque terrorista na capital da Catalunha ocorreu pelas 17h00 locais (16h00 em Lisboa), quando uma furgoneta branca galgou um passeio na zona da Praça da Catalunha, nas Ramblas, gerando pânico na zona diariamente frequentada por milhares de turistas.