17 ago, 2017 - 14:13
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O Presidente norte-americano, Donald Trump, mostrou-se esta quinta-feira “triste” com a remoção de estátuas em honra dos soldados confederados, que remetem para o período da escravatura nos Estados Unidos.
“Triste por ver a história e a cultura do nosso grande país ser destruída devido à remoção das nossas belas estátuas e monumentos. Não é possível mudar a história, mas podemos aprender com ela. Robert E. Lee, Stonewall Jackson – quem se segue, [George] Washington, [Thomas] Jefferson? Tão parvo”, escreveu no Twitter.
"Além disso", continuou, "a beleza que está a ser derrubada nas nossas cidades, vilas e parques deixará muitas saudades e nunca poderá ser bem substituída".
Na segunda-feira, um grupo de manifestantes derrubou uma estátua em honra dos soldados confederados em Durham, no estado norte-americano da Carolina do Norte (sudeste).
Os manifestantes ataram uma corda ao pescoço da estátua, derrubaram-na e, uma vez no chão, pontapearam-na.
O protesto contra os símbolos da Confederação norte-americana, que vigorou entre 1861 e 1865, foi inicialmente convocado para reclamar a retirada da estátua e de todos os símbolos confederados que existem na Carolina do Norte "para que não matem mais gente inocente".
Os organizadores referiam-se aos incidentes de sábado em Charlottesville, no estado da Virgínia, em que um jovem supremacista branco, James Fields, matou uma mulher ao lançar o seu carro contra participantes de um protesto antirracismo.
Os manifestantes protestavam contra a presença em Charlottesville de grupos de extrema-direita, que protestavam pela decisão do autarca local de retirar outra estátua do general confederado Robert E. Lee.
O debate sobre as estátuas e símbolos confederados surgiu depois de, em Junho de 2015, Dylann Roof, também supremacista branco fascinado com a Confederação, ter assassinado nove afro-americanos numa igreja de Charleston, na Carolina do Sul, no sudeste do país.
As autoridades começaram então a retirar algumas das estátuas e símbolos da Confederação, que abundam nos estados do sul do país. Calcula-se, no entanto, que cerca de 1.500 ainda estejam de pé.
A Confederação secessionista agrupou 11 estados do sul que se separaram dos Estados Unidos entre 1861 e 1865, em defesa de um modelo económico baseado na escravatura, contrário ao que defendiam os 23 estados do Norte, ou União.
A Confederação enfrentou a União durante a Guerra da Secessão (1861-1865), que causou mais de 600 mil mortos.